Bancários voltam a paralisar Banpará diante do impasse na redação do acordo

A direção do Banpará está irredutível e demonstra intransigência para a redação final do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) de 2011/2012. O banco quer simplesmente retirar itens fundamentais, que fizeram com que os bancários e bancárias saíssem da greve no terceiro dia:

– reajuste de todas as comissões em novembro de 2011 (o que não havia previsão de entrar na cláusula do ACT, mas foi firmado como compromisso);

– reajuste na comissão dos tesoureiros, observado o nível de classificação da agência, em valores de R$1.532,00 a R$2.451,00, retroativo a setembro de 2011;

– reajuste de 12%, no piso, para todos os funcionários e com reflexo em todos os níveis da tabela do PCS; e

– eleição direta para todos os representantes de funcionários em todos os comitês, grupos, conselhos e similares no Banpará.

Em repúdio a essa postura do banco de querer retirar direitos dos trabalhadores no acordo, e também como forma de pressionar a empresa a cumprir o que foi garantido em mesa de negociação, o Sindicato dos Bancários do Pará e demais entidades começaram nesta sexta-feira (18) o calendário de paralisações nas agências aprovado ontem em assembleia realizada em Belém.

“O banco nos obriga a fazer isso, ao tratar com desrespeito os seus trabalhadores, o que não vamos permitir. O Banpará garantiu várias cláusulas importantes durante a Campanha Nacional e agora resolve voltar atrás. Por isso, vamos continuar com essas paralisações até a próxima quinta-feira em várias agências no Estado”, afirma a diretora de Saúde do Sindicato e funcionária do Banpará, Érica Fabíola.

Na manhã desta sexta-feira, o atendimento ao público na agência Belém Centro, na Av. Presidente Vargas iniciou às 11h, ou seja, 1h depois do previsto. O mesmo deve acontecer, na próxima semana, nas agências Senador Lemos, Palácio, em Ananindeua e em Capanema, nordeste do Pará.

“Não deixaremos as conquistas que foram conquistadas numa forte greve irem por água abaixo. O Banpará tem que respeitar e valorizar seus trabalhadores, pois são eles que estão ali no dia-a-dia buscando novos clientes e aumentando os lucros da empresa; por isso merecem melhores condições de trabalho e de salários”, destaca a diretora do Sindicato e funcionária do banco, Odinéa Gonçalves.

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