O Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários), Federação dos Bancários do RS (Feeb-RS) e Sindicatos do Interior, promoveram ao meio-dia desta segunda-feira, dia 23, um ato pelo Dia Nacional de Mobilização dos funcionários do Banco do Brasil. Com o slogan “Acorda BB”, o ato ocorreu em frente ao prédio da Rua Uruguai, no centro de Porto Alegre. Vinte modelos caracterizados ilustraram as reivindicações e denúncias dos bancários.
Os modelos com a cor preta apresentavam as situações enfrentadas nas agências como pressão, terror, assédio moral, metas abusivas, doenças, medo, depressão, estresse, insegurança e sofrimento. Os outros dez modelos, vestidos de branco, traziam as palavras mobilização, saúde, luta, valorização, negociação, dignidade, participação, segurança, justiça e respeito.
A iniciativa denunciou à sociedade gaúcha a indignação dos funcionários do Banco do Brasil, que não atende as demandas de seus bancários, e o desmanche do caráter público da instituição. O banco tem reduzido o quadro de pessoal, terceirizado o serviço dos caixas e de processamento de dados e limitado o atendimento para a população de baixa renda, indicando o auto-atendimento, a internet ou os correspondentes bancários para serem feitos os serviços.
“Os sindicatos vêm a publico denunciar a realidade do BB, que na mídia se apresenta como bonzinho, mas não é como o banco se mostra aos colegas, provocando terrorismo, assédio moral e doenças mentais, como estresse e depressão”, denunciou o diretor do SindBancários e representante do RS na Comissão de Empregados do BB, Julio Cesar Vivian.
Próximo de completar 200 anos, o BB tem explorado, sugado e exigindo de seus funcionários a venda casada de produtos aos clientes. O banco que o Brasil precisa não é esse precisa reverter seus valores e suas prioridades. O BB esquece seu compromisso com a população”, acrescentou Vivian.
O diretor da Feeb-RS e funcionário do BB, Mauro Cardenas, afirmou que para manter o primeiro lugar no ranking, o banco tem desprezado seu perfil público. “Antes o BB inovava, agora apenas copia os outros. A cada ano investe menos em agricultura. Está no caminho errado, por isso precisa rever o rumo que está seguindo”, destacou. Além de dirigentes dos sindicatos do interior do Estado, o Acorda BB contou com a participação de diretores dos Sindicatos dos Bancários de Belo Horizonte e do Rio de Janeiro.
O ato encerrou com a manifestação do presidente do SindBancários, Juberlei Baes Bacelo, que chamou a atenção dos funcionários do BB para renovarem o processo de mobilização, especificamente por melhores condições de trabalho. “O BB deve honrar seus 200 anos, mas quer crescer comprando bancos estatais, como o Besc e a Nossa Caixa. Exigimos respeito aos funcionários e melhor atendimento para seus clientes”, destacou Juberlei.
Manifestações em outras cidades brasileiras no Dia Nacional de Mobilização dos Funcionários do BB estão previstas para quarta-feira, 25 de junho.