CUT lança, dia 15, Plataforma da Classe Trabalhadora para Eleições 2008

A CUT Nacional lança na próxima terça, dia 15, a “Plataforma da Classe Trabalhadora para as Eleições 2008”, um conjunto de propostas com as quais a Central pretende influenciar na escolha de prefeitos, prefeitas, vereadores e vereadoras em todo o país. A idéia é pressionar candidatos a se comprometerem com a Plataforma e orientar a base dos sindicatos a não votar naqueles que se recusarem.

A ação foi planejada durante a Jornada Pelo Desenvolvimento com Distribuição de Renda e Valorização do Trabalho, série de debates que percorreu o país no ano passado com o objetivo de analisar as necessidades econômicas e sociais das diferentes regiões para, em seguida, elaborar planos de desenvolvimento e superação das desigualdades a partir da ação sindical. A Plataforma será lançada durante o Seminário de Organização Sindical/OLT, que a CUT realiza entre os dias 15 e 17 de julho, em São Paulo.

“São essas propostas que desenvolvemos durante a Jornada que compõem a Plataforma. Vamos para além do diagnóstico e apresentamos projetos”, diz Artur Henrique, presidente da CUT. “Nossa ação política para influenciar nas eleições municipais é estratégica para a consolidação de nossas bandeiras sindicais. A realidade dos trabalhadores e a qualidade de nossas vidas passa necessariamente pelas prefeituras”, diz.

Artur também acredita que o envolvimento dos sindicatos nas campanhas municipais deve servir de estímulo à participação política. “Precisamos renovar a disposição da luta, tanto quanto precisamos renovar a própria política e suas práticas. Esses são outros objetivos da Plataforma da Classe Trabalhadora”, afirma. A entrega da Plataforma aos candidatos devem ser atos políticos que dialoguem com o eleitorado local.

Para Rosane da Silva, secretária nacional sobre a Mulher Trabalhadora e uma das coordenadoras da Jornada pelo Desenvolvimento, as eleições 2008 representam mais um momento para a CUT reafirmar qual o modelo de desenvolvimento que quer para o Brasil. “Se não tiver desenvolvimento local, nada feito”, diz. “E não falamos aqui de apenas crescimento. O fato de o Brasil não ter um projeto de desenvolvimento que priorize de maneira clara a valorização dos trabalhadores e a distribuição de renda nos torna reféns de cada uma das crises cíclicas internacionais, como esta que observamos agora com os alimentos. Para enfrentar essas crises, acabamos sempre recorrendo ao modelo macroeconômico que gera as crises, a exemplo dessa política de juros altos e freio ao crescimento acelerado”, analisa Rosane.

Inflação – Também inserida no contexto do desenvolvimento com distribuição de renda e enfrentamento da crise de alimentos que pressiona a inflação, a CUT vai iniciar em agosto uma série de encontros nas 27 capitais para apresentar e debater um estudo do Dieese. Feito a pedido da CUT, o estudo analisa as diversas variáveis das pressões inflacionárias atuais e aponta formas de atuação do movimento sindical para enfrentá-las e garantir o poder de compra dos salários.

Artur já adianta algumas das ações propostas: “Continuar lutando, nas campanhas salariais do segundo semestre, por aumentos reais de salário e por formas de distribuição dos imensos ganhos de produtividade da economia como um todo. Além disso, com a certeza de que os alimentos sofrem de fato uma elevação significativa de preços, lutar por aumentos consistentes nos benefícios ligados à alimentação, como cestas básicas e tíquetes-refeição”.

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