Os bancários voltaram a tomar as ruas do Centro de Porto Velho na manhã de sexta-feira (30/6), em protesto contra as reformas do governo ilegítimo de Michel Temer e por Diretas Já! Eles se uniram a outras centenas de trabalhadores de diversas categorias, representantes sindicais, estudantes, centrais sindicais e população em geral, nesta que foi a segunda Greve Geral realizada este ano em todo o território nacional.
A exemplo da primeira Greve Geral, do dia 28 de abril, novamente os bancários levaram à população o seu repúdio contra as iniciativas do governo federal que objetivam, sobretudo, extinguir direitos conquistados durante décadas de lutas. São elas a lei da terceirização (já aprovada e sancionada), que vai precarizar totalmente o trabalho e acabar com os concursos públicos, a reforma trabalhista, que vai mexer em mais de 100 artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e retirar direitos trabalhistas, e a reforma da previdência, a última cartada de Temer para acabar de vez com o direito à aposentadoria para milhões de brasileiros. A defesa dos bancos públicos e eleições Diretas Já também fazem parte da pauta da luta dos bancários.
"Hoje foi um dia de fundamental importância para levarmos a mensagem de não aceitar essas propostas danosas e desumanas deste governo golpista, sem legitimidade e que não chega a alcançar nem mesmo 8% de aprovação popular. E o nosso protesto também foi um aviso a todos os deputados federais e senadores, para dizer a eles que caso apoiem essas reformas, no ano que vem serão lembrados negativamente nas eleições, ou seja, podem nunca mais ser eleitos por votarem contra os trabalhadores e contra o povo brasileiro", mencionou José Pinheiro, presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO).
A concentração do movimento aconteceu na Praça das Caixas D'Água, e a passeata percorreu as principais avenidas do Centro da capital, com retorno à praça.
"E não podemos parar por aqui. Vamos continuar firmes e atentos a todos os movimentos do governo e de seus aliados corruptos, que querem, a todo custo, penalizar o povo e retirar direitos do trabalhador. As reformas trabalhista e da previdência ainda serão votadas em plenário, e por isso não vamos recuar nem um centímetro diante dessa ameaça que é real e pode ser concretizada (pelas mãos destes políticos que, definitivamente, não nos representam), nos levando de volta ao período da escravidão total", concluiu Pinheiro.