(São Paulo) Em abril, apenas quatro das 16 capitais onde o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica mantiveram o comportamento altista verificado no mês anterior: Porto Alegre (3,19%), Belém (1,31%), Salvador (0,52%) e Aracaju (0,45%). As retrações mais significativas ocorreram em Belo Horizonte (-7,46%), Rio de Janeiro (5,74%), Curitiba (-5,55%), João Pessoa (-4,91%) e Recife (-4,40%).
O fato de registrar a maior elevação de preço dos produtos essenciais manteve a capital gaúcha com o maior custo para os gêneros alimentícios básicos: R$ 199,09, bem acima do valor apurado para São Paulo (R$ 188,80) e para o Rio de Janeiro (R$ 181,22). João Pessoa apresentou o menor custo para a cesta, com R$ 140,37. Em Recife o valor da cesta correspondeu a R$ 146,10 e em Natal, R$ 149,21.
Com base no custo apurado para a cesta, em Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo (R$380,00) deveria ser suficiente para cobrir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima que o salário mínimo necessário deveria ser, em março, de R$ 1.672,56, ou seja, 4,40 vezes o salário vigente, em vigor desde 1º de abril. Em março, quando o mínimo era de R$ 350,00, o valor necessário de R$ 1.620,89 correspondia a 4,63 vezes o salário em vigor.
Fonte: Dieese/CUT