Racismo ainda prevalece no mercado de trabalho dos bancos no Brasil

O presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Almir Aguiar, criticou a discriminação nos bancos imposta a negros e negras e cobrou igualdade de oportunidades e o fim de toda a forma de preconceito.

Há mais funcionários negros trabalhando nos bancos. Entretanto, essa presença não é percebida porque eles não estão nas funções de frente das instituições financeiras, como no caso dos caixas e atendimento e muito menos nos cargos de chefia.

Os dados são do II Censo da Diversidade, divulgado pela Fenaban, são reveladores. Na primeira pesquisa, os negros eram 19% da categoria. Agora, 24,7% dos entrevistados disseram pertencer à raça negra.

Os bancários negros com curso superior subiram de 59% para 74,5% entre os dois levantamentos.

“A grande falha do II Censo é que, além de não apresentar os números banco a banco, não há um indicador voltado para a situação das mulheres negras nas instituições bancárias, que são duplamente discriminadas, ou seja, pelas questões de raça e de gênero”, afirma o presidente do Sindicato.

O sindicalista critica ainda o fato de os bancos esconderem os negros em várias atividades que não têm contato com o público.

“Se entrarmos nas agência bancárias do setor privado, veremos poucos negros e negras. Nas instituições públicas a contratação é por concurso público. Para a ascensão profissional fica ainda mais clara a discriminação nos bancos”, salienta.

“A igualdade de oportunidades, que passa também por um programa de cargos e salários transparente e honesto, é uma prioridade hoje do movimento sindical”, acrescenta Almir.

Comemorações no mês da Consciência Negra no Rio

Dia 19/11 (19h) – Apresentação da peça “A prostituta respeitável”, de Jean-Paul Sartre, sob a direção de Marco Aurélio Hamellin. O espetáculo trata da história de uma prostituta, única testemunha que pode inocentar um negro de um crime que não cometeu. Em seguida, haverá debate.

Dia 26/11 (19h) – Exibição do curta metragem “O xadrez das cores”, com Myriam Pires e Zezeh Barbosa. Direção de Marco Schiavon. Conta a relação de uma idosa racista que humilha sua doméstica negra utilizando as pedras do xadrez, que acabam por mudar a relação entre as duas.

Dia 28/11 (19h) – Botequim Bancário com sambas de raiz.

Os eventos serão realizados no auditório do Sindicato (Avenida Presidente Vargas, 502, 21º andar), no centro do Rio.

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