(São Paulo) Passados vinte dias, o ABN/Real ainda não respondeu o ofício da Contraf-CUT que solicita uma reunião para discutir a provável venda do banco. Na semana passada, o movimento sindical bancário enviou nova carta, que também não teve respostas.
Diante do pouco caso do ABN, a Contraf-CUT e os sindicatos entraram em contato com o banco e exigiram um posicionamento até a próxima terça-feira, dia 17. “Os bancários do ABN estão preocupados com as negociações envolvendo o banco. Sabemos o resultado das fusões e aquisições no sistema financeiro nacional, sempre sobram demissões. Queremos a proteção do emprego e estamos iniciando uma campanha para garantir que nenhum posto de trabalho seja fechado mesmo se o controle acionário do ABN mudar de mãos”, disse Marcelo Gonçalves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados do ABN.
O dirigente destaca que a Contraf-CUT e os sindicatos vão procurar o governo federal e o Congresso Nacional para mobilizar os políticos nesta luta dos bancários. “Queremos a intervenção do governo e do parlamento para protegermos o emprego no ABN. A própria empresa, quando chegou ao Brasil, demitiu muitos funcionários dos bancos adquiridos. Não vamos deixar esta história se repetir e vamos à luta”, ressaltou.
O ABN possui hoje mais de 30 mil trabalhadores no Brasil. “Além destes 30 mil, há todos os familiares dos empregados que dependem do ABN hoje. O grupo tem no Brasil um dos mercados mais rentáveis do mundo e não vai ser aqui que as demissões vão ocorrer. Temos uma série de reivindicações em nossa pauta, como saúde, salários e condições de trabalho, mas neste momento a prioridade é a defesa e proteção do emprego”, finalizou Marcelo.
Fonte: Contraf-CUT