A Contraf-CUT participa nesta terça e quarta-feira, dias 15 e 16, em Brasília, da 84ª reunião da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), coordenada pelo Departamento de Polícia Federal (DPF). Estarão em julgamento mais de 1.100 processos movidos contra bancos e empresas de vigilância e transporte de valores, em razão do descumprimento da lei federal nº 7.102/83 e das normas de segurança.
A CCASP é um fórum tripartite, formado por integrantes do governo, empresários e trabalhadores. A Contraf-CUT representa os bancários. Também participa a Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV).
Reunião do Coletivo Nacional de Segurança Bancária
Para preparar a participação dos bancários, a Contraf-CUT promove nesta segunda-feira, dia 14, uma reunião do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, formado por representantes das federações de bancários. O encontro ocorre às 14 horas, na sede da Confederação, que fica nas dependências do Sindicato dos Bancários de Brasília (EQS 314/315 – Bloco A – Asa Sul).
“Também vamos avaliar as mediações da Procuradoria-Geral do Ministério Público do Trabalho entre a CNTV, a Contraf-CUT e a Febraban sobre os problemas no transporte de valores”, afirma o secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional, Ademir Wiederkehr. A terceira reunião que estava marcada para a última quarta-feira, dia 10, foi cancelada na véspera pelo MPT, após o boicote da Febraban, que se recusou a participar.
Nesta quarta-feira, a Contraf-CUT e a CNTV serão recebidas pelo procurador-geral do MPT. O objetivo é retomar o diálogo entre as partes para discutir o abastecimento de caixas eletrônicos, as operações de embarque e desembarque de carros-fortes, o transporte ilegal de numerário por bancários e a falta de dois vigilantes no horário de almoço em muitas agências.
“Na reunião do Coletivo Nacional, vamos ainda fazer um balanço das atividades de 2009 e planejar a atuação em 2010, com a visão de proteger a vida de bancários, vigilantes e clientes e reduzir o número de mortos, feridos e traumatizados por causa dos ataques a bancos”, salienta o dirigente sindical.
Recursos financeiros não faltam aos bancos para enfrentar a onda de violência. “Se os cinco maiores bancos do país gastaram R$ 1 bilhão nos primeiros nove meses do ano com a remuneração de um punhado de executivos, como denunciou o jornal Valor Econômico, nada justifica o descaso em fazer mais investimentos para melhorar as condições de segurança dos estabelecimentos”, compara.