Mato Grosso registra 74 ataques a bancos em 2016

No ano de 2016, foram registradas 74 ações violentas contra agências bancárias que englobam assaltos a banco e explosão em caixas eletrônicos. O levantamento realizado pelo  Sindicato dos Bancários de Mato Grosso aponta uma redução de 16% em relação ao ano passado. No total, em 2015, foram registradas 86 ocorrências. O mapeamento tem como base informações obtidas em visitas às agências bancárias e em dados coletados através de ocorrências divulgadas pela mídia.

Desde o início de 2016, o Seeb/MT registrou 30 assaltos, 10 arrombamentos e 32 explosões a caixas eletrônicos, sendo que apenas dois terminais de autoatendimento, instalados fora das agências, foram explodidos, inclusive, um terminal instalado dentro do Comando Geral. Ainda foram registrados: um ataque a carro-forte e uma saidinha de banco.

Dos 30 assaltos ocorridos em agência bancárias na modalidade “a vapor”, comparando com as ocorrências de 2015, o número, praticamente, dobrou. No ano passado, o Sindicato contabilizou 15 assaltos. A modalidade “a vapor” é caracterizada por bandidos, armados, que invadem as agências e rapidamente realizam o ataque. Ainda, desses 30 assaltos ocorridos em 2016, o alvo principal foram às cooperativas de créditos. Atacadas 17 vezes.

Para o presidente do Sindicato, Clodoaldo Barbosa, esses números refletem a negligência dos bancos e dos governos no zelo da segurança. “Esse trabalho do Sindicato tem por objetivo conscientizar tanto os bancários como os clientes e toda a sociedade que os bancos são os responsáveis pela segurança e que eles podem e devem melhorar a segurança nas agências, inclusive elaborando um plano específico para as unidades em áreas de risco”, afirma ressaltando que essa irresponsabilidade dos bancos coloca em risco a vida da categoria, dos clientes e usuários do sistema financeiro.

De acordo com a secretária de assuntos de saúde e condições de trabalho do Sindicato, diretora da CUT/MT e funcionária do Itaú, Italina Facchini, "a segurança é  um fator que interfere nas condições de trabalho, afetando principalmente, a saúde física e mental dos bancários e bancárias".

A diretora ainda alerta aos trabalhadores para a necessidade de emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT).  Os bancos chegam a denunciar o crime à polícia, no entanto, deixam de comunicar ao Sindicato e ao INSS, aumentando a subnotificação, além é claro, de prejudicar o bancário. “Os bancos querem se ‘livrarem’ da responsabilidade de cuidar da saúde do bancário, pois, a grande maioria passa por transtornos psicológicos após um assalto. É preciso denunciar essa negligência dos bancos”, afirma a secretária. 

Denúncia

O Sindicato alerta aos bancários que em caso de assalto ou sequestro, os trabalhadores devem fazer uma série de procedimentos, inclusive avisar a entidade sobre o acontecido. Para quem teve problemas de transtornos mentais após o assalto, deve-se guardar todas as provas e documentos médicos, além de uma cópia do Boletim de Ocorrência relatando o assalto.

Reivindicações

Dentre as principais reivindicações da categoria estão à abertura e fechamento das agências, além do transporte das chaves através de empresa especializada em segurança; a emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) para quem presenciou assalto ou foi vítima de sequestro; o fechamento da agência ou posto no dia do assalto, em razão do impacto da ação criminosa; a instalação de porta giratória de segurança antes do acesso ao auto-atendimento nas agências e postos, além de vigilância e câmeras de vídeo interna e externa.

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