As mulheres que integram o Fórum Nacional de Mulheres Trabalhadoras das Centrais realizaram na tarde desta terça-feira (1º), na praça Ramos de Azevedo, em São Paulo, ato pelo fim da violência contra as mulheres, para marcar os “16 dias de ativismo” e de reflexão sobre o Dia Mundial de Luta contra a AIDS, também comemorado no dia 1º de dezembro. O Fórum é formado pelas secretarias de mulheres de várias centrais sindicais, incluindo a CUT e a Contraf-CUT.
A Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres (SMPM) de São Paulo, representada pela secretária Denise Motta, também segue unida na campanha de promoção e efetivação dos direitos humanos. “Temos que unir forças na prevenção e no enfrentamento à violência doméstica na cidade”, destacou Denise.
A secretária da Mulher da Contraf-CUT, Elaine Cutis, presente na mobilização destacou que é preciso ampliar cada vez mais o debate com a sociedade sobre a violência e a saúde da mulher. “Durante o ato, conscientizamos a população sobre a importância de combater qualquer tipo de violência contra a mulher, seja ela moral ou sexual. A violência causa sérios problemas de saúde e as mulheres não podem sofrer caladas. É preciso denunciar”, alertou Elaine. Na ocasião foram distribuídos panfletos para denunciar a violência contra as mulheres nos locais de trabalho.
O ato também contou com o apoio das Unidades Móveis de Acolhimento à Mulher e Cidadania LGBT da prefeitura de São Paulo, que realiza teste rápido de HIV e orienta sobre denúncias e violações dos direitos humanos e políticas públicas.
A Unidade Móvel já atendeu mais de 15 mil mulheres na cidade de São Paulo, levando orientação sobre diversos direitos. Segundo Denise Motta, a prefeitura de São Paulo, por meio da SMPM, vai inaugurar novos serviços “Vamos ampliar a rede de atendimento às mulheres em situação de violência, melhorando ainda mais o atendimento”, ressaltou.
Dia Mundial de Luta contra a AIDS
A campanha publicitária deste ano do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde tem o slogan “Com o tratamento, você é mais forte que a aids” e dará enfoque na importância do início do tratamento tão logo o paciente descubra ser soropositivo. A ação busca discutir as questões relacionadas à vulnerabilidade ao HIV/aids, na população prioritária, sob o ponto de vista do estigma e do preconceito. Além disso, a ideia é estimular a reflexão sobre a falsa impressão de que a aids afeta apenas o outro, distante da percepção de que todos estamos vulneráveis.
De 2013 a 2014, a taxa de detecção de AIDS no Brasil caiu 5,5%, sendo a maior redução dos últimos 12 anos. A mortalidade por aids teve queda de quase 11% desde 2003. Os números foram divulgados, nesta terça-feira (1º), pelo Ministério da Saúde.