Começa nesta quarta a 1ª Conferência de Desenvolvimento do Ipea

Começa nesta quarta-feira, dia 24, em Brasília, a 1ª Conferência do Desenvolvimento (Code), um evento organizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e cujo objetivo é discutir planejamento e estratégias de desenvolvimento para o Brasil.

O encontro se estende até sexta-feira, dia 26, e será palco de nove painéis temáticos sobre o desenvolvimento, 88 oficinas, 50 lançamentos de livros, vídeos, exposições e shows artísticos e culturais. O formato é parecido com o do Fórum Social Mundial.

Como parte da programação da conferência do Ipea, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) promove o debate “Os trabalhadores e a macroeconomia” nesta quinta-feira, dia 25 de novembro, das 10 horas ao meio-dia. Esse debate contará com a participação de representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Força Sindical, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e União Geral dos Trabalhadores (UGT).

Um dos objetivos da Code é criar um espaço nacional de debates no coração do Brasil, no momento em que o país volta a discutir planejamento e estratégias de desenvolvimento.

São sete os grandes eixos temáticos do desenvolvimento definidos pelo Ipea: inserção internacional soberana; macroeconomia para o desenvolvimento; fortalecimento do Estado, das instituições e da democracia; estrutura tecnoprodutiva integrada e regionalmente articulada; infraestrutura econômica, social e urbana; proteção social, garantia de direitos e geração de oportunidades; e sustentabilidade ambiental.

O Ipea informa que, hoje, no Brasil, os filhos dos pobres estão condenados ao ingresso no mercado de trabalho muito cedo, o que implica, muitas vezes, o abandono da escola, quando não a combinação de brutais jornadas de atividades de 16 horas por dias, relativas a oito horas de trabalho, a duas e quatro horas de deslocamentos e a quatro horas de frequência escolar.

O Ipea avalia ser esse um dos principais entraves para a implantação de um novo modelo de desenvolvimento no Brasil, que alie crescimento econômico com justiça social.

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