(São Paulo) No início do mês de julho, o Ministério do Trabalho e Emprego encontrou em Ulianópolis, cidade do estado do Pará localizada em plena Amazônia, 1.108 trabalhadores em regime comparável ao de escravidão. Eles prestavam serviços à usina de etanol Pagrisa, que teve suas atividades financiadas, de acordo com a agência Repórter Brasil, pelos bancos HSBC, Bradesco, Banco do Brasil e Banco da Amazônia (BASA).
O HSBC, segundo informações da Repórter Brasil, ajudou na compra de máquinas e equipamentos através de uma linha de crédito com recursos do BNDES com juros subsidiados a longo prazo. A Pagrisa diz que há operações também com Banco da Amazônia, Bradesco e Banco do Brasil, com os quais mantém conta-corrente. O Banco do Brasil é ainda quem detém a folha de pagamento da empresa, que tinha, antes da denúncia, aproximadamente 1.700 funcionários.
Nenhum dos quatro bancos se pronunciou sobre o assunto alegando que estão impossibilitados pela legislação sobre o sigilo bancário. Não informaram nem se mantém ou não conta-corrente da empresa.
Fonte: André Rossi – Seeb SP, com informações da agência Repórter Brasil