Gerente do Itaú é sequestrado e família vira refém em Pernambuco

O gerente do Itaú de Paulista, em Pernambuco, foi abordado nesta quarta-feira, dia 7, de manhã cedo, quando saía de casa em direção ao trabalho. Parte dos bandidos o acompanhou até a agência. Outro grupo ficou em sua casa, com sua família de refém.

É o segundo assalto com sequestro em agências da Região Metropolitana do Recife em menos de um mês. No dia 17 de julho, o alvo foi o Santander do Cabo. No entanto, se lá os assaltantes não conseguiram concluir seu intento, no Itaú, a história foi bem diferente.

Fortemente armados, os assaltantes chegaram na agência por volta das 7h40. Apenas o vigilante e um outro funcionário estavam na unidade. A maior parte da quadrilha se posicionou fora da unidade e só um deles entrou e rendeu quem estava dentro.

Já na entrada, ele mostrou que sabia a localização exata das câmeras. “Ele entrou de cabeça baixa e pediu que apagassem as luzes. Só quando já estava na retaguarda, onde não há câmeras, a luz voltou a ser ligada”, conta o secretário de Saúde do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Wellington Trindade.

A partir de então, foi anunciando o assalto a cada bancário que chegava na agência. E mais: orientava cada um para que continuasse seu trabalho e atendesse quem fosse chegando como se nada estivesse acontecendo. Foram, então, recolhendo todo o dinheiro que havia na agência.

Para uma das funcionárias, com apenas três meses de banco, ele entregou uma quantia para que ela abastecesse o caixa e fosse pagando os aposentados. “O pessoal passou duas horas nesta tensão. Quando chegamos lá, encontramos todos muito nervosos, chorando muito”, conta Wellington.

Antes mesmo de chegar à agência, os diretores do Sindicato entraram em contato com o banco para solicitar a presença de um psicólogo no local. Já na unidade, conversaram com os funcionários e explicaram a importância da emissão da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho). Caso, no futuro, o trabalhador venha a sofrer qualquer transtorno psíquico por conta do trauma, o documento vai atestar que se trata de acidente de trabalho, garantindo os direitos devidos nestes casos.

“Caso o banco não emita a CAT, o Sindicato pode fazê-lo. É só entrar em contato conosco pelo telefone 3316-4215”, explica Wellington.

Com este caso, já são 18 assaltos a agências pernambucanas, três a menos que durante o mesmo período do ano passado.

Projeto-piloto

No próximo dia 14, vence o prazo de 90 dias estabelecido em acordo para que os bancos implantem o projeto-piloto de segurança bancária nas 261 agências de Recife, Olinda e Jaboatão.

Ele prevê a instalação de portas de segurança com detectores de metais, câmeras internas e externas, biombos entre a bateria de caixas e as filas, guarda-volumes, vigilantes com coletes balísticos e armados de acordo com a Lei 7.102/83 e cofre com dispositivo de retardo.

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