Dia Nacional de Luta cobrou mais contratações e melhores condições de trabalho
Indignados com as demissões em massa e com a falta de condições mínimas de trabalho, os bancários e bancárias do HSBC realizaram um Dia Nacional de Luta nesta quinta-feira (18) para denunciar as práticas do banco inglês e exigir respeito e valorização profissional. Em Brasília, os trabalhadores paralisaram as agências de Taguatinga Centro e da 509 Sul. A atividade contou com forte apoio da população.
Durante o ato, que teve o objetivo de denunciar aos clientes e usuários o descaso da instituição financeira, como as demissões imotivadas, os dirigentes sindicais entregaram um panfleto explicando os motivos da manifestação e as reivindicações dos bancários, que também têm a ver com a população.
Em 2012, o HSBC obteve lucro líquido de R$ 1,225 bilhão, crescimento de 9,6% em relação a 2011, e uma rentabilidade de 13,05% sobre o patrimônio líquido médio. “Diante desse lucro astronômico, a instituição financeira não tem justificativa para dispensar trabalhadores”, destacou o diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília, Raimundo Dantas, que também é funcionário do HSBC.
Mesmo com o lucro bilionário, obtido em grande parte graças à cobrança de altas taxas de juros e tarifas e da exploração dos trabalhadores, o HSBC fechou 946 postos de trabalho no ano passado. “Enquanto o banco continuar demitindo, denunciaremos aos clientes e usuários as práticas nefastas da instituição financeira”, afirmou.
O número reduzido de bancários em função das demissões tem se refletido em imensas filas nas agências bancárias e precarizado o atendimento. O bancário é obrigado a trabalhar no limite e, sobrecarregado, além de não conseguir atender a demanda de clientes, acaba adoecendo.
Mais trabalho, menos PLR
Como se não bastassem as demissões e as péssimas condições de trabalho, o HSBC reduziu os valores da Participação dos Lucros e Resultados (PLR) e do Programa Próprio de Remuneração (PPR) dos seus funcionários, mesmo com o alto lucro obtido em 2012.