A Contraf-CUT, representada por Miguel Pereira, secretário de finanças, participa nesta quarta 11 de fevereiro de um workshop para discutir o trabalho dos empregados em call centers. O evento terá início às 16h no auditório do Sindicato do Rio de Janeiro e cntará também com a participação do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações, Ministério do Trabalho, juízes e advogados trabalhistas, professores universitários e médicos do trabalho.
O evento, que destaca uma das funções clássicas dos bancários – o atendimento aos clientes de bancos, faz parte do projeto da Global Labour University (GLU) em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Já estão confirmadas as presenças para a mesa de saúde e condições de trabalho de Elizabeth Cavalcante, chefe do Setor de Fiscalização da Delegacia Regional do Trabalho (DRT-RJ, e Simone Oliveira, professora da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz (ENSP/Fiocruz). A mesa de representação sindical e diretos trabalhistas será formada por Almir Aguiar, diretor da Secretaria de Saúde do Seeb Rio, e o deputado Gilberto Palmares (PT), presidente da Comissão Especial de Fiscalização das Condições de Trabalho em Call Centers e do presidente do Sinttel Rio Luis Antonio
Segundo a diretora da Secretaria de Políticas Sociais do Seeb Rio, que participa do projeto como pesquisadora da Global Labour University, a parceria da GLU com a OIT vem desenvolvendo uma pesquisa para levantar dados sobre call centers no Brasil, já que as empresas no país costumam não cumprir as normas internacionais e nacionais do trabalho (CLT e NR17).
O surgimento dos call centers ocorreu para intensificar a produtividade no ambiente de trabalho e automatizar os serviços. Com isto, os trabalhadores sofrem com as precárias condições de trabalho, enquanto outros postos de trabalho deixam de ser gerados. O segmento bancário é um dos setores que mais fazem uso deste modelo de atividade, conseqüentemente, também sendo penalizado com a diminuição na contratação de trabalhadores.
“No entanto, a atividade nos Call Centers também foi sendo terceirizada para empresas que oferecem péssimas condições de trabalho/remuneração e não cumprem os acordos coletivos da categoria”, explica Jô Portilho, secretária de Políticas Sociais do Sindicato dos bancários do Rio de Janeiro (Seeb Rio).
“O Workshop irá discutir os direitos de toda a cadeia produtiva do teleatendimento, e também servirá para esclarecer dúvidas sobre a atividade”, afirma Jô Portilho, que convida todas as companheiras e companheiros, professores, alunos e pesquisadores do trabalho, além de outras pessoas interessadas no tema para participarem do evento.
A entrada é livre. O auditório do Seeb Rio está localizado na Av. Pres. Vargas, 502, 21º. Andar, Rio de Janeiro – RJ. Telefone para contato é 021 – 2103-4165.
