Bancários cruzam os braços em São Paulo contra a reforma da Previdência

A classe trabalhadora está mostrando sua força e unidade nesta quarta-feira 15, Dia Nacional de Paralisação contra a reforma da Previdência. Em diversas partes do pais surgem notícias de um forte movimento de resistência, com integrantes de diversas categorias mandando o recado ao governo Temer e aos seus aliados na Câmara e no Senado de que não aceitam as mudanças propostas para alterar as regras para a aposentadoria, entre elas a imposição da idade mínima de 65 anos tanto para homens quanto para mulheres e ter de contribuir por 49 anos initerruptamente para ter benefício integral. Regras que valeriam igualmente para trabalhadores rurais e do campo.

Bancários na luta – Na capital paulista estão de braços cruzados trabalhadores do centro administrativos Brigadeiro e Tatuapé do Itaú e do Complexo Verbo Divino do Banco do Brasil. Os funcionários do Bradesco Telebanco Santa Cecília também estão protestando não só contra a reforma de Temer, mas também por um basta nas demissões na instituição financeira.

Agências bancárias dos corredores da Avenida Paulista; Rua Voluntários da Pátria, na zona norte; Avenida Faria Lima, na zona oeste. No Centro Velho da capital, bem como do calçadão de Osasco também estão de portas fechadas.

"Os trabalhadores estão reagindo e têm de reagir mesmo, porque senão morre sem se aposentar", disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato, logo cedo, em frente ao Telebanco Santa Cecília do Bradesco. "O que está em jogo é o fim da aposentadoria, o fim dos direitos trabalhistas, da CLT, de tudo que conquistamos. Não podemos permitir que isso aconteça e este movimento de hoje é uma reação dos bancários e das outras categorias, como motoristas, metroviários, químicos e professores, por exemplo".

O protesto desta quinta foi convocado pela Centra Única dos Trabalhadores (CUT) e movimentos sociais. Sendo que a adesão da categoria bancária foi aprovada na assembleia de 21 de fevereiro, quando foi eleita a delegação de São Paulo, Osasco e região ao Congresso Extraordinário da Contraf-CUT.

A participação no movimento também foi aprovada no Congresso da Contraf-CUT e integra o plano de lutas dos trabalhadores bancários neste ano que tem como eixos: Contra a Reforma da Previdência; Contra a Reforma Trabalhista; Em Defesa dos Bancos Públicos; Em Defesa dos Empregos Frente à Reestruturação e a Digitalização.

Ato – Para a tarde, o Dia Nacional de Paralisação prevê uma grande manifestação reunindo sindicatos e movimentos sociais a partir das 16h, no vão livre do Masp, na Avenida Paulista.

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