Bancários do Mato Grosso protestam contra demissões do Santander

Protesto contra descaso do banco espanhol com o Brasil e os brasileiros

Em luta contra as demissões em massa do Santander em todo Brasil, bancários do Mato Grosso realizaram manifestação nesta terça-feira (18) com paralisação das atividades das agências Pedro Celestino e Praça Alencastro, no Centro de Cuiabá durante todo o dia.

O presente de Natal do Santander foi o desligamento de 1.280 empregados nos primeiros dias de dezembro em todo o país. A lista foi enviada na última sexta-feira (14) pelos advogados do banco para a Contraf-CUT, após determinação feita pela procuradora regional do Trabalho da 10ª Região do Ministério Público do Trabalho (MPT), Ana Cristina Tostes Ribeiro, durante audiência de mediação realizada na quarta-feira (12), em Brasília.

Segundo os sindicatos, entre os desligados há funcionários com mais de 10, 20 e 30 anos de casa, muitos próximos da aposentadoria, o que caracteriza uma prática discriminatória com os mais antigos de banco. Além disso, vários desligados são gerentes e, portanto, com maiores salários, mostrando que, com as demissões, o objetivo é continuar fazendo rotatividade para reduzir ainda mais os custos e aumentar os lucros para remessa à Espanha.

Superintendência Regional do Trabalho

O presidente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT), Arilson da Silva, protocolou junto à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-MT) um ofício solicitando apoio da entidade na luta contra as demissões do banco espanhol Santander. A solicitação foi entregue para a auditora fiscal do Trabalho, Marilete Mulinari, nesta terça-feira (18).

O Sindicato também se reuniu com o superintendente Regional do Trabalho e Emprego, Valdiney Antônio de Arruda, na segunda-feira (17), e solicitou a participação do SRTE na luta contra as demissões em massa do Santander.

“Este é o presente que o Santander tem para dar aos principais responsáveis pelo seu lucro bilionário deste ano. Enquanto os trabalhadores se dedicam, o banco desvaloriza e só pensa em aumentar os lucros. Já foram 1.280 demissões em todo Brasil, é um verdadeiro sinal de desrespeito”, afirma o presidente do Sindicato e funcionário do Santander, Arilson da Silva.

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