Contraf-CUT orienta a suspensão das CCPs do Banco do Brasil

(São Paulo) A Contraf-CUT orienta aos sindicatos filiados a suspenderem temporariamente as Comissões de Conciliação Prévia (CCP) do Banco do Brasil. Depois de uma série de problemas enfrentados pelos bancários na conciliação, a Contraf-CUT promoveu uma reunião nesta quinta-feira, dia 8, com sindicatos do país inteiro. O encontro contou com a participação de um representante do banco e, ao final, os bancários decidiram suspender as CCPs.

“Numa demonstração de total desrespeito e desprezo para com os representantes dos trabalhadores, os negociadores do banco não compareceram ao debate. Mandaram o gerente de núcleo, talvez com receio de serem cobrados pelo não cumprimento dos compromissos que assumiram com os trabalhadores”, afirma Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

O enviado do banco foi informado de todos os problemas verificados hoje com as CCPs, entre eles, os cálculos que não estão sendo feitos quando o trabalhador comprova que seus direitos foram burlados. O Banco do Brasil também alterou o anexo 1 do acordo pretendendo a quitação dos valores devidos à Cassi e à Previ e ainda tenta dar como quitados direitos não transacionados. Outro problema é a tentativa do BB negociar diretamente com os funcionários, via Gepes, sem a intermediação dos sindicatos, além de não cumprir os prazos acordados.

“Com base nessas constatações, a Contraf-CUT propôs negociação urgente com o Banco do Brasil para solucionar esses problemas apontados. Até resolvermos isto, os sindicatos devem se abster de realizar as conciliações”, destaca Marcel.

Para Sônia Zaia, secretária de Negócios Jurídicos da Contraf-CUT, a reunião desta quinta foi muito importante, principalmente pela quantidade de entidades presentes. “Isto demonstra o problema que enfrentamos, o relato dos sindicatos mostrou muito bem a realidade. Por isso está correta nossa decisão de suspender a CCP, que é um importante instrumento, mas que hoje não cumpre a sua função”.

O representante dos bancários do Rio Grande do Sul na Comissão de Empresa, Julio César Vivian, ressalta que é muito grave a situação das CCPs no Banco do Brasil, que está descumprindo o acordo assinado com a Contraf-CUT. “Por isso se faz necessária uma posição enérgica como esta. Temos que obrigar o BB a cumprir os acordos que assina. Senão abriremos margem para que o banco se negue a cumprir outros acordos, o que é inadmissível”, finalizou.

Fonte: Contraf-CUT

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