(São Paulo) A Contraf-CUT cobrou do banco Itaú o realinhamento salarial dos caixas, uma maior participação nos lucros e resultados e informações sobre a aquisição do BankBoston. A reunião de negociação foi na última sexta-feira.
“Após a denúncia da Contraf-CUT, os representantes do Itaú reconheceram que há diferenças na remuneração do salário base dos caixas. Mostramos para a direção que a situação está irregular em todo o país. Marcamos uma nova negociação para daqui a vinte dias e o banco se comprometeu a nos apresentar uma solução para o problema”, afirmou Carlos Cordeiro, secretário-geral da Contraf-CUT e funcionário do banco.
Quanto à participação nos lucros, o Itaú apresentou uma proposta que os representantes dos bancários consideraram inferior a do ano passado. “A proposta do Itaú não acompanha o lucro do banco. O movimento sindical entende que a PR deve ser ampliada, garantindo um percentual de distribuição linear a todos os bancários, além da PLR negociada na Convenção Coletiva de Trabalho”, explicou Cordeiro.
BankBoston
Questionada sobre a compra do BankBoston, a direção do Itaú afirmou que não tem novidades. O banco alega que não está à frente da administração do Boston, pois a transação ainda não foi confirmada pelo Banco Central.
“O Itaú garante que não pretende fazer mudanças no quadro de funcionário neste ano. Disse que no caso do Plano de Previdência também não haverá mudanças, apenas na forma de administração. Mas nós temos recebido denuncias de que há um Plano de Demissão Voluntária no BankBoston, principalmente no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Paraná e São Paulo. Questionamos sobre isto e o banco alega não saber de tal procedimento. Deixamos bem claro que o movimento sindical não admitirá um processo de demissão no Bankboston, nem tampouco no Itaú em virtude de mais esta aquisição. Além disso, cobramos providencias imediatas do banco sobre a denúncia do PDV. Os Sindicatos também devem ficar atentos e informar à Contraf-CUT sobre qualquer denúncia de demissão”, detalhou Carlos Cordeiro.
A Contraf-CUT também cobrou do Itaú a solução imediata para a situação dos vigilantes, que estão há quase dois meses sem salário. “Cadê a Responsabilidade Social na relação com os fornecedores?”, questionou o secretário–geral da Contraf-CUT. O banco afirmou que irá solucionar este problema.
Fonte: Contraf-CUT
