Bradesco mata 152 empregos em um ano no Cear 

(Fortaleza) Não é novidade: o Bradesco é o campeão em demissões. Mas os números são assustadores: só este ano, o maior banco da América Latina em lucratividade demitiu 152 funcionários no Ceará; desses, são 139 ex-becistas. Em contrapartida, o SEEB/CE encenou, na última sexta, dia 8/12, no ex-BEC dos Peixinhos, o enterro dos empregos que o Bradesco anda matando.

As demissões demonstram a visão fria e calculista que a direção do banco tem no trato com seus funcionários. As pessoas demitidas têm em torno de 25 anos de serviços prestados ao banco, mais de 45 anos de idade e muitos estão próximos da aposentadoria – o que dificulta a reinserção no mercado de trabalho.

“Nossa função aqui é ressuscitar o morto, fazer com que o banco pare de demitir. Não admitimos que a vida do bancário vá pra berlinda. O Bradesco fere a OIT (Organização Internacional do Trabalho): os seus demitidos tem o mesmo perfil”, afirmou Gabriel Motta, funcionário do Bradesco e diretor do Sindicato.

O SEEB/CE já vinha denunciando esse tratamento desde antes da privatização do BEC. Agora, está acontecendo o que a entidade sempre temeu: demissões injustificadas e cruéis de trabalhadores que dedicaram sua vida e ofereceram seus conhecimentos para o crescimento do banco.

“O Bradesco demite principalmente os ex-BEC em detrimento da contratação de novos funcionários, com remunerações inferiores. Defendemos novas contratações, mas isso não deve justificar as demissões. Alguns ex-becistas pediram demissão no primeiro semestre, mas por serem pressionados o tempo todo com as metas abusivas, o assédio moral e outros prejuízos”, disse Robério Ximenes, funcionário do Bradesco e diretor do Sindicato. O diretor Erotildes Teixeira completou: “se o Bradesco continuar demitindo, os bancários vão à guerra”.

Fonte: CUT Ceará

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