Os bancários do HSBC nas Américas participaram nesta quarta-feira, 29, do Dia Continental de Lutas. A mobilização foi aprovada na 8ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais de Bancos Internacionais (Santander, HSBC, Banco do Brasil e Itaú), ocorrida em Montevidéu, no Uruguai, no mês de julho. Os trabalhadores realizaram protestos e manifestações no Brasil e nos demais países onde o banco inglês opera.
Em Pernambuco, os bancários realizaram o fechamento das seis unidades do banco na Região Metropolitana do Recife. As agências Centro, Agamenon Magalhães, Caxangá e Boa Viagem, localizadas no Recife, Olinda e Piedade/Recife, em Jaboatão dos Guararapes, permaneceram fechadas durante todo o horário de expediente bancário.
Em respeito aos aposentados que recebem seus vencimentos no HSBC, os empregados permitiram o funcionamento do autoatendimento.
Segundo o secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT e diretor do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, Alan Patrício, o protesto desta quarta-feira é para exigir do HSBC, entre outras coisas, mais respeito aos direitos e às leis dos países em que atuam.
“A nossa luta é mais uma luta ética para exigir do banco mais seriedade nas negociações e mais respeito ao funcionalismo. Temos uma proposta de acordo marco que o HSBC insiste em não assinar. Esse acordo prevê que os direitos trabalhistas sejam respeitados em todos os países em que o banco atua”, explicou o dirigente.
Alan, que é funcionário do HSBC, falou ainda sobre a paralisação realizada pelos bancários em Pernambuco. “Os funcionários pararam todas as unidades do HSBC na Grande Recife. O Sindicato fez reuniões com o funcionalismo explicando a crise que o banco vem passando mundialmente. Uma crise ética, com desrespeito à sociedade e aos bancários”, disse Alan.
Participação dos bancários
A participação dos bancários do HSBC de Pernambuco no Dia de Luta foi muito forte. “Eles entenderam as razões dessa mobilização e a atividade transcorreu de uma forma muito participativa, sem nenhuma interferência e sem nenhum tumulto no que se refere ao fechamento das agências”, esclarece Pedro Villachan, diretor do Sindicato e empregado do HSBC.
A compreensão da necessidade de mobilização ficou evidenciada no comentário feito por uma empregada do banco, que preferiu não ter seu nome revelado: “Ou a gente faz assim ou não conseguiremos nada. Eu tenho acompanhado as notícias sobre as negociações, tanto no jornal do Sindicato quanto pelo site e está claro que os banqueiros não estão querendo ceder em nada. Por isso, eu acho que nós temos mesmo é que partir para a mobilização”, revela a bancária.
Já Suzana Andrade, também empregada do banco e diretora do Sindicato, destacou a compreensão dos clientes e usuários do HSBC no transcorrer da mobilização. “Abordamos todos os clientes e usuários que vieram às agências, entregamos materiais para que eles lessem e entendessem o motivos desse protesto. Nós discutimos a situação do banco e os clientes nos apoiaram e se mostram solidários com o nosso movimento”, destacou Suzana.