Após pressão do Sindicato dos Bancários de Brasília e da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), o Itaú Unibanco cancelou na última quinta-feira (10) a demissão de uma funcionária, acometida de Lesão por Esforços Repetitivos (LER/Dort) adquirida no trabalho.
Um gestor da instituição financeira, que não levou em consideração os mais de 20 anos de dedicação da trabalhadora, demitiu a funcionária em novembro de 2012. Desde que tomou conhecimento do caso, os dirigentes sindicais vinham lutando pelo cancelamento da demissão.
Em virtude de doença ocupacional adquirida no trabalho, a bancária ficou afastada de suas funções entre 2001 e 2011, quando fez reabilitação profissional e foi declarada apta para retomar suas atividades.
À época, o Itaú Unibanco dificultou a lotação da bancária e mandou que a mesma aguardasse em casa. Angustiada, a funcionária entrou em contato com o banco várias vezes por e-mail e por telefone. Ela, no entanto, nunca obteve retorno do banco.
Em novembro de 2012, após o fim da estabilidade provisória de 12 meses – prevista na cláusula 25ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e na lei 8.213/91 -, o Itaú demitiu a bancária.
“Mesmo tendo apresentado exame demissional cujo resultado apontou inaptidão, a instituição financeira manteve a demissão”, afirmou a diretora da Fetec-CUT/CN, Conceição Costa. “Enquanto o Itaú continuar demitindo de forma irresponsável, o Sindicato e a Fetec-CUT/CN prosseguirão na defesa dos trabalhadores em todas as instâncias”, acrescentou.
“O Sindicato está à disposição dos trabalhadores e trabalhadoras na luta em defesa dos seus direitos. Estamos vigilantes a todo tipo de abuso praticado pelos bancos, que sacrificam seus funcionários na ganância por lucros cada vez mais altos”, destaca o diretor do Sindicato, Eduardo Araújo, que também integra o Comando Nacional dos Bancários.