Bancários de Brasília realizam protestos contra desmandos da Caixa

A falta de seriedade da Caixa Econômica Federal nas negociações acerca de um novo Plano de Cargos Comissionados (PCC), também chamado pela empresa de Plano de Funções Gratificadas (PFG), e a ameaça de reduzir a jornada de trabalho com diminuição de salário levaram os empregados em todo o Brasil a promoverem nesta quarta-feira (27) mais um Dia Nacional de Luta.

“Chega de enrolação! Queremos mais respeito!” foram as palavras de ordem que deram a tônica das duas manifestações realizadas pelo Sindicato dos Bancários de Brasília, numa referência ao descaso com que a direção da Caixa vem tratando temas de suma importância aos empregados.

Os protestos começaram logo pela manhã, no Ed. Taurisano (502/503 Norte), onde funciona o setor de tecnologia do banco (Redea). Foi expressiva a quantidade de bancários que participaram da manifestação, retardando o início do expediente, o que mostra o grau de indignação e insatisfação da categoria.

“Não vamos aceitar que a empresa nos enfie goela abaixo um plano de carreira cheio de distorções e que prejudica praticamente metade do corpo funcional”, denunciou o diretor do Sindicato Wandeir Severo. “Sempre defendemos a redução da jornada para 6 horas, mas está sumariamente descartada qualquer possibilidade de reduzir os salários”, complementou Alexandre Severo, também diretor do Sindicato, antecipando que a entidade não irá chancelar qualquer proposta nesse sentido.

Na sequência do ato na Redea, o Sindicato prosseguiu, na hora do almoço, com a mobilização em frente ao prédio da filial, no Setor Bancário Sul. Lá, encerrou a programação do Dia Nacional de Luta, convocando os trabalhadores a se manter vigilantes na luta.

Na última rodada de negociações com a Contraf/CUT, na sexta-feira 22, a direção da Caixa voltou a frustrar as expectativas dos empregados ao reiterar sua posição de, antes de implementar o novo PCC/PFG, reduzir a jornada de trabalho de cargos com função técnica de 8 horas para 6 horas diárias com redução proporcional dos salários, independentemente de acordo com os trabalhadores.

“O que vem sendo discutido em âmbito nacional pela CUT é a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, mas sem redução de salário. O que a Caixa quer é criar mecanismos para burlar direitos conquistados com muita luta. Isso não iremos admitir”, frisa o presidente do Sindicato, Rodrigo Britto. O Dia Nacional de Luta desta quarta também marcou o lançamento da campanha pela isonomia na Caixa em todo o país.

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