(Curitiba) O Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região e a Federação dos Bancários da CUT Paraná (Fetec PR) promoveram nesta quarta-feira, 16 de agosto, manifestação no Centro de Serviços do banco HSBC no bairro Xaxim, em Curitiba.
A paralisação teve como objetivo coibir ações do banco como a proibição da conversa entre bancários em dias de muito trabalho. A pressão sobre os trabalhadores é tanta que eles vigiam as ausências um dos outros e até mesmo para ir ao banheiro o bancário tem que avisar a um colega. Os chefes também proíbem que os trabalhadores participem das aulas de ginástica laboral, realizadas durante 15 minutos diariamente, com o intuito de prevenir doenças ocupacionais como LER e DORT.
"Funcionários do setor de autenticações, por exemplo, que têm uma meta absurda de 1600 autenticações/dia, estão sendo impedidos de realizar a ginástica laboral diariamente", denuncia Audrea Louback, dirigente sindical e funcionária do banco.
Outra reivindicação dos bancários é que a gratificação seja estendida para todos os funcionários do Centro de Serviços, assegurando a igualdade deste direito entre os antigos técnicos de agência GCX (com gratificação) e técnicos de processamento (sem gratificação), contratados mais recentemente. A gratificação está contemplada na Convenção Coletiva de Trabalho.
"São duas classes de caixas que exercem a mesma função e devem cumprir as mesmas metas. Os mais antigos têm gratificação e ajuda de custo, os novos não recebem nada disso", explica Audrea Louback.
O novo horário de atendimento do banco também causou transtornos a estes trabalhadores."Eles começam a trabalhar duas horas mais tarde, das 14h para às 16h. Com isso o expediente vai até às 22h, podendo se estender, com duas horas extras, até meia-noite", conta o dirigente sindical e funcionário Deonísio Schmidt.
Para Luiz Augusto Bortoleto, funcionário do HSBC, a atividade do sindicato surtirá o efeito esperado."A manifestação surpreende o banco e faz com que os banqueiros tomem ciência que a postura de pressão que estão adotando diante dos trabalhadores não será tolerada".
O movimento sindical está atuando de forma incisiva no sentido de eliminar estas situações nos bancos. Se você vivência constrangimentos e pressões no seu trabalho, como estas aos quais os trabalhadores do banco HSBC estão sofrendo, denuncie ao sindicato.
Fonte: Patrícia Meyer – Fetec PR