(Rio) Em protesto contra os problemas que vêm enfrentando desde a mudança do sistema de registro de operações, os donos de agências lotéricas do estado do Rio de Janeiro vão fechar as portas dos estabelecimentos nesta segunda-feira. O lock out deve durar cinco dias e vai instaurar o caos nas agências bancárias.
Segundo Marcelo Furtado, presidente do sindicato dos donos de lotéricas no estado (Sincoerj), 53% das operações bancárias no Rio de Janeiro são realizadas pelas 713 casas de apostas em funcionamento. Em todo o país, segundo o Sincoerj, 96% dos serviços da Caixa são prestados pelas lotéricas. Com a troca do sistema, só no estado, 28 casas já fecharam.
Mudança
A substituição do sistema de registro de operações é conseqüência do caso Waldomiro Diniz, já que a G-Tech, empresa que fornecia as máquinas, foi o pivô do escândalo. O Tribunal de Contas da União determinou a suspensão do contrato da CEF com a empresa, o que levou à troca das máquinas.
Segundo os donos das casas, o novo sistema é menos seguro, tendo já havido problemas no registro de operações que chegaram até a justiça. Outro problema do novo equipamento é a lentidão, que provoca demora na realização das operações.
Emprego
Com todos estes problemas, o faturamento das lotéricas vem caindo. O contrato de prestação de serviços bancários firmado com a CEF é insatisfatório para os donos das lojas e houve aumento de custos e encargos, reduzindo a margem de lucro. Os maiores prejudicados são os empregados: já está havendo demissões.
