A Contraf-CUT participa nesta quinta-feira, dia 1º de julho, às 9h, de audiência pública sobre Segurança Bancária na Câmara dos Deputados, em Brasília. A reunião ocorre no plenário 3 do Anexo II e é uma iniciativa do deputado e presidente da Comissão de Legislação Participativa, Paulo Pimenta (PT-RS), a pedido da Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV).
Além dos representantes dos bancários e vigilantes, foram convidados a participar dirigentes da Febraban, Federação Nacional das Empresas de Seguranpa e Transporte de Valores (Fenavist) e Departamento de Polícia Federal.
Segundo Pimenta, “a existência de proposições tramitando na Casa e os freqüentes assaltos a instituições bancárias evidenciam a necessidade de debatermos o tema da segurança bancária, para que possamos encontrar soluções adequadas para garantirmos a segurança necessária aos usuários e trabalhadores do sistema bancário”.
Para o secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr, “trata-se de uma boa oportunidade para chamar a atenção dos deputados federais e das autoridades sobre a necessidade de atualizar a legislação federal para proteger a vida de trabalhadores e clientes e prevenir assaltos e sequestros”.
“Também vamos mostrar as preocupações dos bancários diante da onda de ataques a bancos e as lutas que travamos em parceria com os vigilantes em diferentes frentes de batalha, buscando melhores condições de segurança para os trabalhadores, os clientes e a população”, destaca o dirigente sindical.
O presidente da CNTV, José Boaventura Santos, afirma que a audiência pública é um importante espaço institucional para discutir os problemas de insegurança nos bancos. “Vamos alertar os parlamentares para a dura realidade dos trabalhadores, submetidos a condições precárias e inseguras de trabalho, o que afeta o atendimento dos clientes”, adianta.
“E vamos defender as propostas construídas pelos trabalhadores, como o projeto de lei de segurança privada que vigilantes e bancários elaboraram e apresentaram ao Ministério da Justiça, com a finalidade de atualizar com avanços a lei federal nº 7.102/83, que trata das normas de segurança nos estabelecimentos financeiros”, enfatiza.
Na avaliação do dirigente da Contraf-CUT, “os bancos mudaram nos últimos anos a sua forma de trabalho, implantando novas tecnologias e precarizando a prestação de serviços, o que aumentou os riscos para os trabalhadores e a sociedade. Por isso, é fundamental discutir os problemas e aperfeiçoar a legislação vigente, muitas vezes não cumprida pelos bancos e empresas de vigilância, para acabar com a sensação de insegurança e preservar o maior patrimônio que existe: a vida das pessoas”.