Banco promete rever também casos de bancárias com doenças ocupacionais
O Safra demitiu no dia 5 de março sete bancárias no Rio de Janeiro. A decisão do banco foi um presente de grego da empresa na semana de comemoração do Dia Internacional da Mulher.
Em resposta aos cortes, os bancários paralisaram as unidades do Safra no centro da cidade no dia 6. No mesmo dia, a direção do banco entrou em contato com o Sindicato explicando que a empresa perdeu convênios com a Marinha e com a Prefeitura do Rio na área de empréstimo consignado, o que levou o banco a cortar mão-de-obra.
Com a mobilização da categoria, a empresa demonstrou disposição para negociar e admitiu rever algumas demissões. “Não dá para colocar nos ombros do trabalhador o ônus por perdas em negócios das empresas”, critica o presidente do Sindicato, Almir Aguiar.
Avanços na negociação
A negociação ocorreu na última quinta-feira, dia 12, no Sindicato. Os bancários reivindicaram a reintegração imediata de todas as bancárias.
A direção do banco confirmou o cancelamento de pelo menos duas das sete demissões e ficou de rever os casos em que as funcionárias estejam com problemas de doenças ocupacionais.
A instituição financeira se comprometeu ainda a priorizar a contratação das demais bancárias demitidas, assim que a empresa recuperar novos clientes na área de consignados.
“A demissão por si só já é uma desumanidade contra o trabalhador. Neste caso a situação é ainda mais grave. Demitir sete bancárias na semana do Dia Internacional da Mulher é uma insensibilidade. É claro que o ideal teria sido a reintegração de todas as companheiras dispensadas, mas não há como negar que a pressão do Sindicato garantiu avanços importantes na negociação com o Safra”, disse Almir.
Pelo Sindicato, participaram também da mesa de negociação os diretores Marcelo Pereira, Gilberto Leal e Carlos Maurício.
