Vigilantes que atuam na segurança do Banco do Brasil decidiram paralisar suas atividades na terça-feira, dia 9, para cobrar o recebimento do tíquete refeição, férias trabalhadas e horas extras. Os trabalhadores estão com todos esses proventos atrasados. A paralisação foi intermediada pelo Sindicato dos Vigilantes de Niterói.
Pela manhã, o presidente do Sindicato, Cláudio Vigiante, esteve na agência do Banco do Brasil na Avenida Amaral Peixoto, em Niterói, onde se reuniu com os trabalhadores e uma comissão foi criada para negociar com a gerência administrativa do banco. A agência é uma das maiores do banco em toda região. Vigilantes de Niterói, São Gonçalo e Alcântara participam do manifesto.
Em contato com a empresa, ela se comprometeu a depositar ainda na terça-feira os valores referentes aos tíquetes alimentação atrasados desde que os trabalhadores reassumissem seus postos de trabalho. Já com relação às férias e horas extras, a empresa se comprometeu em regularizar as pendências até esta quinta-feira, dia 11.
Após uma intensa negociação, os trabalhadores resolveram voltar ao trabalho dando um voto de confiança à direção da empresa. Os vigilantes apresentaram ainda uma condição que, caso os tíquetes alimentação não fossem pagom como se comprometeu a empresa, a categoria cruzaria, novamente, os braços nos próximos dias, só retornando ao trabalho após a quitação de todas as pendências.
A proposta dos trabalhadores foi acatada pela direção da empresa, que reafirmou o compromisso com o Sindicato diante da gerência do banco de cumprir o acordado sob pena de uma nova paralisação por tempo indeterminado.
O presidente do SVNIT, Cláudio Vigilante, parabenizou o poder de mobilização dos vigilantes. “A organização da categoria é muito importante na reivindicação dos nossos direitos. Essa união nos fortalecerá ainda mais para combatermos os maus empresários”, afirma.
A direção do Sindicato avaliou como positiva a solução encontrada para resolver o conflito. A aproximação cada vez maior da categoria mostra claramente aos empresários que a entidade vai defender os interesses dos trabalhadores custe o que custar.
“Só quem sabe o que o vigilante sofre em seu posto de serviço é o próprio vigilante”, assegura o SVNIT.