(Porto Alegre) O Grupamento de Ações Táticas Especiais (Gate) conseguiu remover o colete de dinamites que estava amarrado ao corpo de uma gerente do BB, que foi obrigada a roubar uma agência do Banco do Brasil em Porto Alegre, na manhã de hoje. O Gate confirmou que as dinamites não eram explosivos verdadeiros. A bancária foi levada ao Pronto-Socorro em estado de choque. As filhas da gerente já foram libertadas.
Conforme a polícia, a gerente, suas duas filhas e um vigilante de rua foram seqüestrados na noite de domingo. Nesta manhã, ela foi obrigada a ir à agência do Banco do Brasil localizada na Rua Luciana de Abreu, esquina com a 24 de Outubro, próxima ao Parcão, no bairro Moinhos de Vento, para roubar R$ 70 mil. Enquanto isso, as filhas e o homem estavam em poder dos criminosos. No entanto, a gerente teve uma crise nervosa e acabou revelando o golpe de extorsão. A Polícia Militar foi chamada, acionando uma ação conjunta do Gate e do Batalhão de Operações Especiais (Boe).
O Boe cercou a agência e trânsito foi bloqueado. Após avaliação, os integrantes do Gate identificaram que os explosivos falsos eram feitos de massa epóxi. Segundo a polícia, as filhas da gerente e o vigilante de rua foram libertados no final da manhã. Os criminosos teriam fugido ao saberem que a polícia havia descoberto o golpe.
Os dirigentes do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região foram até a agência e reinvindicaram aos representantes do banco o fechamento da unidade durante o dia de hoje, mas ainda não tiveram uma resposta.
Segundo o titular da Comissão de Segurança da Federação dos Bancários-RS, Ademir Wiederkehr, os ataques a bancos estão sendo cada dia mais audaciosos. "Os bancos não podem mais ignorar as questões relacionadas à segurança. Os bancários estão cada vez mais amedrontados pela rotina de assaltos e seqüestros envolvendo familiares e até vigilantes de agências. A situação está fora de controle e exige medidas urgentes tanto do Estado, responsável pela segurança pública quanto das instituições financeiras", salienta Ademir.
Com esse seqüestro, já são 14 ataques a bancos no mês de janeiro, o que demonstra um quadro de insegurança que segue preocupando bancários, vigilantes e clientes.
Na próxima quarta-feira, 31, será retomada a pauta de debates do Grupo Interinstitucional sobre Segurança Bancária, integrado por representantes dos bancários, vigilantes, da Secretaria de Justiça e Segurança e dos bancos.
Fonte: Feeb RS, com Clic Notícias