Os bancários do Rio de Janeiro vão agitar a Avenida Rio Branco, amanhã, dia 20, no lançamento da campanha salarial da categoria deste ano. Dirigentes de sindicatos de várias cidades do estado percorrerão as principais agências para denunciar que apesar dos recordes de lucratividade alcançados todos os anos pelos bancos, é enorme o descaso deles com bancários e clientes. A atividade está sendo organizada pela Federação dos Bancários do Rio e Espírito Santo e sindicatos a ela filiados, entre eles o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro.
A concentração para a caminhada está prevista para as 10 horas, na Candelária; e programada para as 11 horas, a entrega simbólica da minuta de reivindicações ao Sindicato dos Bancos (Av. Rio Branco, 81). A minuta foi encaminhada. oficialmente, à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), no dia 13 de agosto.
Cavalo de Tróia
Um Cavalo de Tróia de 3 metros de altura, feito de ferro e coberto com tecido, será a principal atração do lançamento da campanha salarial dos bancários. Com humor e ironia vai denunciar os presentes de grego dos bancos. De dentro da barriga da alegoria sairão 10 atores da Companhia de Emergência Teatral caracterizados como desempregados, camelôs, mendigos e bandidos, mostrando os males causados pelas demissões nos bancos. A concepção da performance é do diretor da trupe Marco Aurélio Hamelim. Ao longo do trajeto da manifestação será executado o samba-enredo de autoria do dirigente sindical e compositor João Paulo dos Santos.
Para o presidente em exercício do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, José Alexandre, a campanha deste ano, como as anteriores, deverá ser dura, já que os banqueiros costumam regatear muito na hora da negociação. “Os bancos têm todas as condições de atender à categoria. Esperamos que ajam com seriedade, atendendo as nossas justas reivindicações”, afirmou o dirigente.
Atendimento digno
A data-base da categoria é 1º de setembro. Como nas campanhas anteriores, vários itens da minuta de reivindicações buscam garantir o compromisso dos banqueiros com a melhoria do atendimento e o fim das filas. Entre os itens econômicos estão: reajuste de 13,23% (8,23% de reposição da inflação de um ano e 5% de aumento real); piso com crescimento gradual, chegando em três ano ao valor do salário mínimo do Dieese (R$ 2.064); 13º tíquete-refeição; PLR, maior e mais simplificada, de três salários mais R$ 3.500 (sem teto); fim das metas abusivas e do assédio moral.