O programa de readaptação foi o principal assunto da quarta reunião do Grupo de Trabalho (GT) de saúde e condições de trabalho, realizada nesta quinta-feira (7), entre os representantes dos trabalhadores e a direção do Itaú.
O banco apresentou dados atualizados, até maio deste ano, sobre os participantes do programa de readaptação. A grande maioria dos trabalhadores que passou pelo programa é do gênero feminino. Cerca de 90% dos casos que passam pelo programa, são pessoas que retornam dos afastamentos pela previdência social.
“Colocamos para o banco que um dos itens importantes que se perderam desse programa era os seis meses de estabilidade que o programa antigo tinha. Isto ajudava o trabalhador a ter mais confiança e optar pelo programa, pois se sentia protegido em um momento de fragilidade”, lembrou Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú.
Ele ainda informou que a discussão sobre o programa continuará. “Entendemos que para este movimento, alguns preceitos são importantes como a questão da aceitação, da orientação, do médico assistente do trabalhador e da autonomia do médico do trabalho, que atua no programa com relação a decidir o melhor para o trabalhador independente da gestão da empresa, pois o trabalho deve ser adequado ao trabalhador e não o inverso.”
Gestão do PCMSO e do departamento de Saúde ocupacional
As gestões do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e do departamento de saúde ocupacional voltaram a ser abordados nesta reunião. A reivindicação dos bancários é que o banco crie uma alternativa ao novo sistema implementado, pois os erros acontecem não só quando os bancários apresentam seu documento de afastamento/ licença ao gestor, mas também foi detectado que pode existir um problema no sistema.
O Itaú apontou que vai resolver os casos que já estão com problemas e melhorar a comunicação, para que o gestor seja melhor informado de como funciona o sistema e o trabalhador também. O banco ficou de trazer um profissional para explicar como funciona o fluxo dessas informações de afastamento. O intuito é debater e tentar encontrar os erros que estão ocorrendo.
“Mesmo assim, nós queremos uma alternativa. Os trabalhadores precisam ter uma opção para entrar em contato e comunicar sobre o afastamento”, lembrou Adma Maria Gomes, participante do GT de Saúde.
O banco apresentou ainda a quantidade de trabalhadores afastados ou de licença, o que foi reivindicado pelos representantes dos bancários na última reunião. “Estes números são importantes para tentarmos analisar como está o adoecimento dentro do banco. Queremos ainda dados mais específicos, como a divisão por gênero, por estado, por cargo, e áreas”, completou Adma.
Outra cobrança dos bancários foi uma solução para a questão do requerimento que o trabalhador assina quando saí de licença, pois ele mescla duas cláusulas da CCT, a 28 e a 62.
O banco se comprometeu a apresentar uma solução até a próxima reunião, marcada para o dia 19 de julho. Neste encontro também será debatido a clausula 57.