(Porto Alegre) Apesar da enorme pressão para atingir as metas abusivas, o que tem provocado muito estresse e doenças do trabalho, o Santander não faz adiantamento aos gerentes para despesas de viagem a serviço do banco. Pode? O problema foi discutido pelos participantes do encontro dos funcionários do Santander, durante a 9ª Conferência Estadual dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do RS, realizado no último sábado, dia 14,
Segundo vários gerentes que participaram do encontro, o Santander não antecipa recursos nem para o pagamento de gasolina, pedágio ou passagens de ônibus e táxi, muito menos para despesas de alimentação. “Somos obrigados a viajar para fazer visitas a clientes, mas temos que bancar tudo”, protestou um gerente que não quis se identificar. “O pior é que o reembolso desses valores ainda demora cerca de 20 dias”, acrescentou indignado.
A situação é mais grave na zona sul do Estado, envolvendo a regional de Santa Maria. Os gerentes de Bagé, Dom Pedrito, Chuí, Pelotas, Rio Grande, Rosário do Sul e Santa Maria são os mais prejudicados.
Como se não bastasse, o valor do quilômetro rodado está congelado há cerca de quatro anos. O banco paga somente R$ 0,45. Outros bancos privados pagam valores superiores.
“Além do fim das metas abusivas e do assédio moral, reivindicamos adiantamento para despesas de viagens a serviço do banco, bem como a atualização imediata do valor do quilômetro rodado, a fim de melhorar as condições de trabalho e valorizar quem é obrigado a trabalhar fora da sua cidade para fazer o banco crescer”, propõe o diretor do Sindicato dos Bancários e da Afubesp, Ademir Wiederkehr, que integra a Comissão de Organização dos Empregados (COE).
O problema também será levado para o Encontro dos Funcionários do Santander, que será realizado nos dias 30 e 31 de julho, após a 9ª Conferência Nacional,
Fonte: Seeb Porto Alegre