Bancários de Porto Velho paralisaram agências nesta quinta

Mais uma rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) acabou frustrada. O sétimo encontro realizado nessa quarta, dia 24, em São Paulo, acabou em menos de uma hora. O Comando rejeitou a proposta de reajuste salarial de 7,5%, índice insuficiente e não atende às expectativas da categoria. Os bancos, que obtiveram lucros acima de R$ 16,5 bilhões no primeiro semestre de 2008, têm condições de oferecer uma proposta satisfatória para os bancários. Não foi agendada uma nova reunião. A resposta vem em forma de mobilização.

“Isso é apenas o começo do que os bancários são capazes, nenhum trabalhador concorda com a proposta rídicula apresentada pela banqueiros” disse um funcionários do BB.

No Dia Nacional de Lutas, os bancários de Rondônia paralisaram as atividades nas agências do Centro da Capital na manhã desta quinta, dia 25 de setembro.

As paralisações aconteceram nos seguintes bancos:

Banco do Brasil centro, Itaú centro, Santander, Bradesco Centro, HSBC centro, Unibanco e Real II.

As salas de auto-atendimento dessas agências funcionam normalmente. Os atos integram a mobilização nacional e buscam pressionar os bancos a romper com os impasses nas negociações e apresentar propostas concretas que contemplem a pauta dos trabalhadores. A categoria reivindica fim das metas abusivas, mais segurança, contratação de pessoal para acabar com filas e queda de juros e tarifas.

No encontro de quarta, dia 24, os banqueiros também propuseram manter a forma de cálculo da PLR do ano passado, com o reajuste de 7,5%. O pagamento seria de 80% do salário mais um valor fixo de R$ 943,85, limitado a R$ 6.263,00. Em vez de avanços, a proposta dos banqueiros ofereceu retrocesso: redução do vale-transporte, a diminuição do período de concessão do auxílio-creche/babá para 71 meses e alterações que prejudicam os trabalhadores no período de estabilidade pré-aposentadoria.

O Comando disse não à proposta da Fenaban e reafirmou as reivindicações da categoria, como o aumento real de 5% além da inflação acumulada no período (7,15% pelo INPC). Os bancários exigem a melhoria da PLR, com a simplificação do cálculo, propondo o pagamento de três salários mais o valor fixo de R$ 3.500,00.

Reunido após a negociação, o Comando aprovou um calendário de mobilização para arrancar uma proposta que atenda às necessidades dos bancários.

Calendário de luta

Quinta – dia 25 – Dia Nacional de Luta
Sexta – dia 26 – Mobilização e negociação com a Caixa Econômica Federal
Segunda – dia 29 – Realização de assembléias em todo Brasil
Terça – dia 30 – Paralisação de 24h em todo o Brasil

Veja as principais reivindicações dos bancários

– Reajuste de 13,23% (inflação + 5% de aumento real);
– PLR de três salários mais RR$ 3.500,00, sem teto nem limitador;
– Plano de Cargos e Salários em todas as instituições;
– Fim das metas abusivas;
– Melhores condições saúde, segurança e trabalho;
– Manutenção de emprego em processo de fusão;
– Igualdade de oportunidades;
– Ampliação do auxílio-educação para todos os bancos;
– Licença-maternidade de seis meses;
– Auxílio-creche de R$ 415,00;
– Ticket de R$ 17,50
– Cesta-alimentação de R$ 415,00;
– Reajuste escalonado do piso do Dieese até R$ 2.025,99.

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