Seeb ES solicita fiscalização do Ministério do Trabalho em agências do HSBC

Em audiência realizada nesta terça-feira, dia 26, o Sindicato dos Bancários/ES solicitou que o Ministério do Trabalho realize fiscalização nas agências do HSBC – onde foi flagrado que não-bancários estão realizando trabalho de caixa – para verificação da regularidade da contratação e da prestação dos serviços.

Em visita às agências da Grande Vitória, no início do mês, o Sindicato flagrou funcionários terceirizados fazendo serviço de caixa dentro das agências do HSBC. Durante a audiência, os representantes da entidade denunciaram que as agências da Glória, em Vila Velha, e de Carapina, na Serra, passaram a utilizar trabalhadores terceirizados atuando como caixas, os chamados “papa-filas”, que não só fazem a triagem, como também efetuam as mesmas transações bancárias realizadas pelos atendentes de caixa. Ou seja, os “papa-filas”, que não são funcionários do banco, estão exercendo a mesma função dos bancários, sem, contudo, ter acesso aos mesmos direitos e garantias trabalhistas que estes.

Além disso, o atendimento aos clientes vem sendo realizado na fila, próximo à porta giratória, fora da bateria de caixas, colocando em risco a segurança tanto dos funcionários quanto dos clientes.

Os representantes do banco inglês disseram que os papa-filas são aprendizes (estagiários), com jornada de seis horas diárias, que recebem pagamentos de até determinado valor e não autenticam documentos, mas fornecem comprovantes. Além disso, afirmaram que o procedimento de utilização desses trabalhadores nessa atividade não é de âmbito local, ou seja, é uma política nacional implantada pelo banco, e, portanto, não possuem competência para alocar esses trabalhadores em outra atividade nas agências.

Diante do impasse, o Sindicato fez a solicitação de inspeção nas agências do HSBC, uma vez que a atividade exercida por esses estagiários, além de colocar em risco a segurança, tanto dos funcionários quanto dos clientes, ainda vem sendo realizada sem o acompanhamento de um supervisor de estágio.

De acordo com Fabrício Passos Coelho, diretor do Sindicato, “se esses trabalhadores são estagiários, não deveriam estar na linha de frente do banco, sem supervisor e realizando trabalho de caixa”, denuncia Coelho.

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