Os empregados da Caixa em Pernambuco decidiram em assembléia realizada na última quinta dia 6 que a partir de hoje 7 será suspensa por 15 dias a venda de produtos Caixa Seguros. No sábado 8 será montado guarda em frente ao prédio do Cais do Apolo contra a utilização dos finais de semana para compensar dias parados durante a greve. Nesta semana, três agências terão abertura retardada.
Também será encaminhado um documento para a presidência do banco, solicitando o afastamento de Sueli Aparecida Mascarenhas, Superintendente Nacional/SURSE, e Carlos Magno Gonçalves da Cruz, Superintendente Nacional/ SUAPE, que foram reprovados na condução do processo negocial e à frente da gestão de pessoas.
Vamos mostrar que não aceitamos intimidação. Neste sábado, a partir das 8 horas, nos concentraremos em frente ao prédio do Cais do Apolo. Havia informações de que, além das Gerências de Filial e departamentos que funcionam no local, trabalhadores de outras unidades se deslocariam para lá.
O Sindicato dos bancários de Pernambuco solicitará à DRT – Delegacia Regional do Trabalho a disponibilidade de três fiscais: para o prédio Cais do Apolo, para o BB Centro e para as agências que abrirem. “Fazer funcionar um prédio implica gastos. Não se admite utilizar dinheiro público para não prestar serviço à população e punir aqueles que ousaram lutar por justas reivindicações”, afirma a secretária de Comunicação do Sindicato, Emerenciana Rêgo – Mereh.
Na próxima semana, três agências terão a abertura retardada em uma hora. Na terça, 11, o alvo é a agência Prazeres. Na quarta, 12, é a vez da agência Teatro Marrocos; e na quinta, 13, da agência Ilha do Leite. Nesta mesma quinta, nova assembléia às 19 horas, no Sindicato, avalia o movimento e define os próximos passos.
Então, anote:
– Venda de produtos Caixa Seguros só daqui a 15 dias.
– Último sábado, a partir das 8 horas, todos em frente ao prédio do Cais do Apolo.
– Na próxima terça, quarta e quinta, 11 a 13, as unidades de Prazeres, Teatro Marrocos e Ilha do Leite atrasarão em uma hora a abertura.
Estas são as respostas dos funcionários que participaram do movimento grevista às tentativas de intimidação do banco. Em xeque, a Circular Interna de número 107/108, que trata da compensação dos dias parados durante a greve. O documento desconsidera acordo assinado, fere a legislação e ignora compromissos assumidos.
O banco afirma que, ao contrário do que está assinado no acordo, os dias que não puderem ser compensados até 16 de dezembro serão descontados na folha de janeiro do próximo ano. A compensação é tratada como maneira de punir e intimidar os trabalhadores. Até o final de semana que, por lei, não pode compor a jornada dos bancários (veja aqui), é considerado pela Caixa para compensar os dias parados. O banco também ignora o compromisso assumido de negociar a compensação do último dia de greve, 24 de outubro, para as bases que mantiveram o movimento até esta data. Pior: pune estes trabalhadores com o desconto, também, do dia anterior.