EDUARDO CUCOLO
FOLHA ONLINE
O saldo dos depósitos na caderneta de poupança da Caixa Econômica Federal alcançou a marca de R$ 101 bilhões no dia 16 deste mês.
De acordo com o banco estatal, o valor representa crescimento de 19,7% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o saldo chegou a R$ 84,4 bilhões.
A Caixa é responsável por cerca de 35% do dinheiro depositado na caderneta de poupança em todo o sistema bancário. Dados do Banco Central mostram que, considerando todos os bancos brasileiros, o total dos depósitos está hoje em quase R$ 290 bilhões. No final de 2008, eram R$ 270 bilhões.
No primeiro semestre, a poupança recebeu R$ 2,4 bilhões em novos depósitos. Somam-se a esse valor os R$ 9,3 bilhões de rendimentos do dinheiro depositado.
Com a nova queda da Selic, para 8,75% ao ano, decidida na quarta, a poupança se torna mais atraente do que os fundos de investimento.
Isso porque, como os fundos cobram taxa de administração e o governo cobra IR, a rentabilidade real destes ficará menor. Somente os que cobrarem taxa de administração de 0,5% conseguirão render mais do que a poupança -esta rende TR mais 6% de juros ao ano e não tem tributação -o rendimento anual mínimo é de 6,17%.
Captação positiva
Números parciais indicam que neste mês, até o dia 17, a poupança registra captação positiva de R$ 5,3 bilhões em todo o sistema financeiro.
Somente na Caixa, desde o início do ano, foi registrada captação líquida de R$ 5,2 bilhões (diferença entre saques e depósitos). Desse valor, 61% são provenientes de clientes com renda de até dois salários mínimos.
Dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) mostram que, até maio, os financiamentos imobiliários com recursos da poupança cresceram 9%.