Segundo informações publicadas na edição de junho da revista Observatório Social, a Pampa Exportações, empresa presidida por Demorvan Tomedi, membro do Conselho de Sustentabilidade do Real, exporta madeira amazônica obtida ilegalmente e “esquentada” em esquemas de corrupção que envolvem fiscais da Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Pará (Sema).
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O Santander defendeu Tomedi em nota oficial: “O sr. Demorvan Tomedi explicou ao banco que as informações oficiais sobre o fornecedor eram coerentes com os princípios da empresa e não levantavam suspeitas”.
A reportagem apurou que a Pampa Exportações tem entre seus fornecedores empresas sistematicamente multadas pelo Ibama e empresas que não têm autorização para funcionar. Também constam da lista dos provedores de madeira empresas que sequer possuem cadastro nos órgãos de fiscalização e regulamentação do estado.
A reportagem fotografou ainda lotes de madeira irregular destinados à Pampa Exportações no pátio da Rio Pardo Madeiras, empresa inexistente no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).
O Santander não se pronunciou sobre esses episódios, apenas disse que a reportagem é importante para “estimular o debate na sociedade brasileira sobre a necessidade de garantir uma evolução nas práticas de extração de madeira sustentável na Amazônia”.
Práticas
O Instituto Observatório Social (IOS), por outro lado, acredita que debater o problema já não é mais suficiente e que o momento agora é o de realizar ações efetivas para coibir práticas predatórias, como as comprovadas pela reportagem e que envolvem a empresa Pampa Exportações.
O IOS entende que, ao apoiar o conselheiro flagrado em práticas predatórias, o Santander avaliza as atividades realizadas pela Pampa Exportações – empresa que, inclusive, já esteve na lista da Secretaria Estadual de Meio Ambiente entre as proibidas de comercializar.