Após cortar empregos em 2009, Itaú Unibanco planeja abrir 150 agências em 2010

O Itaú Unibanco anunciou nesta sexta-feira, 12, a intenção de abrir 150 novas agências em todo o país neste ano, em especial no Nordeste e no Centro-Oeste. A notícia foi dada por Silvio Carvalho, diretor executivo do banco, que também informou que a empresa decidiu não fechar agências de nenhuma das marcas, mesmo que elas estejam localizadas em locais próximos.

“É positivo que a empresa mantenha o compromisso que assumiu com o movimento sindical no início da fusão de não fechar agências, bem como que invista no Brasil com a abertura de novas unidades”, avalia Jair Alves, um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú Unibanco da Contraf-CUT.

A notícia, no entanto, contrasta com dados apresentados no balanço do banco, que dão conta do fechamento de 7.176 postos de trabalho em 2009. Após a fusão, o banco tinha 108.816 trabalhadores em dezembro de 2008 e um ano depois reduziu para 101.640.

“Uma empresa que atinge um lucro de R$ 10,066 bilhões em um ano de crise não pode se dar ao luxo de diminuir seu número de empregados. Ao contrario, tem a responsabilidade de dar um retorno para a sociedade na forma de investimento e mais empregos”, defende Jair.

O diretor do banco também falou sobre o processo de integração entre Itaú e Unibanco, que deverá ser finalizado em 2010, pouco mais de dois anos depois do anúncio da fusão entre as instituições, em novembro de 2008. O prazo é menor do que o inicialmente previsto, de três anos.

Segundo Carvalho, todas as áreas foram integradas, exceto a migração das agências. A integração das agências dos dois bancos vai ser finalizada neste ano com a transformação de cerca de mil unidades do Unibanco em agências Itaú.

Para Jair, é importante que esse processo de reformas para a integração das agências seja feito com respeito aos funcionários e clientes, garantindo condições de trabalho, atendimento e segurança.

“Temos recebido notícias de muitos casos de agências em reforma em que os trabalhadores são pressionados a trabalhar sem as mínimas condições. Além disso, é necessário que o banco garanta a segurança de todos, se necessário com a contratação de vigilantes extras durante o período da reforma”, defende.

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