O Brasil registrou a criação de 1.414.660 vagas de trabalho no primeiro semestre deste ano, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados na terça-feira (19).
Somente em junho, foi registrada a abertura de 215.393 vagas de emprego. Na comparação com o mês anterior, houve um aumento de 0,58%. O resultado foi o segundo melhor da série histórica para o período.
Em 12 meses, houve um acréscimo de 2.249.365 empregos, o que representa alta de 6,41%, frente ao mesmo período do ano passado.
Crescimento setorial
Na análise semestral, dos oito setores de atividades econômicas, todos apresentaram crescimento na geração de empregos formais. Em números absolutos, o destaque ficou com Serviços, com 564.170 vagas de trabalho.
Outro destaque do período foi a Indústria de Transformação, que apresentou acréscimo de 261.515 postos de trabalho (+3,27%). A Agropecuária foi o terceiro setor que mais gerou emprego no semestre, ao responder por 235.381 postos de trabalho, sendo também o que apresentou a maior expansão (+15,81%).
Os demais setores ficaram da seguinte forma: em Comércio, houve alta de 1,50% no número de empregados (+120.982), em Indústria Extrativa Mineral, de 6,02% (+11.373), em Serviços Industriais de Utilidade Pública, de 1,8% (+6.867 vagas), enquanto Administração Pública avançou 3,14% (28.148 postos) e Construção Civil, 7,33%, com 186.224 vagas.
Na análise de junho, Agropecuária foi o destaque, com a criação de 75.227 vagas, o que representa alta de 4,6%. Em seguida, aparecem Serviços, com 53.543 postos de trabalho (+0,36%), e Construção Civil, com 30.531 (+1,15%).
Análise regional
Ainda segundo os dados do Caged, na análise regional, houve saldo positivo do emprego em 24 das 27 unidades federativas no semestre, com três delas registrando saldos recordes. Entre elas, destacam-se São Paulo (+521.746 postos), Minas Gerais (+214.783) e Paraná (+98.874).
Considerando as regiões, todas apresentaram elevação no emprego formal. Em números absolutos, a liderança coube à Região Sudeste (+863.809 postos ou +4,43%). Na sequência, vêm as regiões Sul (+247.047 postos ou +3,80%), Centro-Oeste (+159.149 postos ou 6,03%), Nordeste (+80.801 ou +1,4%) e Norte (+63.854 postos ou 4,11%).
Na análise mensal, todas as regiões também apresentaram crescimento no saldo de empregos, com três apresentando os segundos melhores saldos: Nordeste (+39.953 postos ou +0,69%), Centro-Oeste (+23.163 postos ou +0,84%, a maior taxa de crescimento no mês) e Norte, com a criação de 11.922 postos (+0,75%).
Em números absolutos, a liderança ficou para a região Sudeste (+124.292 postos ou +0,62%). A região Sul respondeu pelo incremento de 16.063 postos de trabalho, o que representou um aumento de 0,24% no nível de emprego.
Das unidades da Federação, cinco tiveram saldos recordes no mês: Rio de Janeiro (+19.756 postos ou +0,57%), Bahia (+11.767postos ou +0,73%), Mato Grosso (+ 9.832 postos ou +1,78%), Acre (+939 postos ou +1,38%) e Amapá (+652 postos ou 1,06%).