PAQ: Em reunião com a SuperBB, Sindicato cobra garantias para os funcionários do BB em Rondônia

Em reunião realizada na manhã de sexta-feira (12), a Superintendência do Banco do Brasil garantiu a dirigentes do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) que o Programa de Adequação de Quadros (PAQ), anunciado pelo banco no dia 5 de janeiro, não vai causar descomissionamentos no estado pois, segundo o banco, não haverá qualquer caso de realocação compulsória.

Contudo as agências de Cerejeiras, Nova Brasilândia e Urupá terão redução no quadro de caixas e, consequentemente, poderá haver descomissionamento para esses trabalhadores, a menos que eles sejam realocados em outras agências de outros municípios. E isso deixa o Sindicato em alerta.

O BB também anunciou que serão criadas 67 novas dotações no Estado, e que a maioria dos empregados será aproveitada na capital. Na conta são 18 escriturários, 3 caixas, 16 assistentes, 2 supervisores, 2 gerentes de serviço, 3 gerentes de atendimento, 11 gerentes de Pessoa Física, 12 gerentes de relacionamento Estilo, menos três gerentes Pessoa Jurídica nos municípios de Machadinho, Buritis e Ji-Paraná. Essas novas dotações são frutos da inauguração do Escritório de Negócios, da Agência Empresa e da Agência Estilo, todas em Porto Velho.

O superintendente do BB em Rondônia, Felipe Zanella, acompanhado da Gerente de Administração Eliane Aparecido da Silva Perpétuo, informou ainda que houve redução na dotação de caixas em Porto Velho, sendo dois caixas e dois escriturários no PSO. O banco garante que não houve perda de comissão em nenhum dos casos e que o saldo de escriturários na capital é a maior.

Ele garantiu também que não houve perda de remuneração de quem passou de carteira Pessoa Jurídica para carteira Pessoa Física, "que isso será preservado".

Ele informou ainda que onde tiver funcionário com excesso na dotação, e este funcionário queira ir para as agências que estão com 'claro' em seu quadro funcional, terá 'incentivos' em seu salário que podem chegar a R$ 26 mil no decorrer do ano. Um exemplo seria o caso de empregados que estejam "sobrando" numa agência, e que poderiam ir para uma agência que esteja com 'claro', como Guajará-Mirim.

Zanella disse ainda que até o momento não houve adesão ao Programa de Aposentadoria Incentivada do BB no Estado.

"Apesar das novas dotações, o Sindicato vê com preocupação a perda desses empregados no interior, pois aquelas agências já necessitavam de mais funcionários, e não menos, como ficou agora com essas perdas. Isso porque o atendimento ao público, que já era precário, ficará ainda pior e a sobrecarga de trabalho que vai recair sobre o funcionário que permanecerá na agência vai afetar sua saúde física e mental, e isso o Sindicato não vê com bons olhos. Acreditamos que a abertura de novas dotações será muito bem vinda, mas estamos atentos a essa movimentação desta reestruturação, e esperamos que o banco cumpra com suas promessas de não fazer realocações compulsórias e não haver descomissionamento em nenhum caso, pois isso pode afetar brutalmente a rotina e a própria vida do trabalhador. Por isso orientamos aos bancários que denunciem ao Sindicato qualquer desrespeito por parte de gestores e também no caso de dúvidas", detalhou José Pinheiro, presidente do SEBB-RO, e que esteve na reunião acompanhado da diretora de Saúde Ivone Colombo.

O Sindicato requereu – e continua aguardando – o relatório da SuperBB com detalhes exatos de como será feita a distribuição dessas novas dotações no Estado.

Na oportunidade o Sindicato tratou ainda sobre a atuação do superintendente com os gestores em Rondônia, e Zanella se comprometeu a dar uma atenção especial sobre o assunto.

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