As centrais sindicais CUT, Força, UGT, CTB, Nova Central e CGTB concordam que os projetos sobre terceirização que tramitam no Congresso Nacional, que liberam por completo essa forma de contratação e servem para retirada de diretos, precisam ser detidos.
Com essa convicção, lideranças reunidas na manhã desta terça-feira (21) na sede da UGT, em São Paulo, elaboraram um plano de ação para construir uma nova proposta que unifique a todas nesse assunto. Já há consenso, no entanto, que o PL 4330/2004, do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), não pode passar.
No próximo dia 27, as centrais vão se reunir com deputados federais oriundos de suas bases para elaboração de nova proposta. Já no dia seguinte, em Brasília, reúnem-se com Marco Maia, relator da votação.
“Nós defendemos a responsabilidade solidária das empresas contratantes com os trabalhadores terceirizados e que o acordo coletivo que vale nas negociações seja do sindicato predominante”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas, durante a reunião.
“Não podemos permitir que passem esses projetos que pretendem usar a terceirização como elemento para arrebentar o atual mercado de trabalho. Seria uma chaga histórica”, completou.
O secretário de Administração e Finanças da CUT, Quintino Severo, lembrou também que o governo Dilma, em reunião recente com as centrais, comprometeu-se a se empenhar para ajudar nessa disputa no Congresso. “O governo tem de entrar no jogo de verdade”.