(Rio) Num gesto arbitrário e desrespeitoso às leis trabalhistas, o Gerente de Processamento e Serviços de Agência – GPSA do Itaú remanejou os empregados da agência Miguel de Frias, em Icaraí, assaltada no último dia 07, para a unidade Gavião Peixoto no mesmo dia da ocorrência. Quando os dirigentes do sindicato de Niterói e Região chegaram ao local, foram informados que os bancários haviam sido liberados após o assalto. Mas, o sindicato recebeu a denúncia de que o executivo, ao chegar ao local, perguntou se todos estavam se sentindo bem e em seguida mandou os bancários cumprirem o restante da jornada na outra unidade.
Procurado pelo Sindicato, Jorge Borges, do RH do Itaú, informou que o banco tem como praxe dispensar os funcionários após um assalto. Segundo Borges, a decisão de remanejar os bancários partiu unicamente do GPSA.
Quem não comunica
Waldomiro da Silva, diretor do Sindicato de Niterói que está acompanhando o caso, informa que a entidade não pôde prestar maior assistência aos bancários porque não foi avisada logo depois do assalto. “Só ficamos sabendo à tarde e, quando chegamos, só havia na agência os bancários que estavam fazendo o levantamento do roubo”, informa Waldomiro.
O dirigente acredita que os empregados foram, de algum modo, impedidos de informar à entidade sobre o ocorrido. “Os bancários ficam com medo de ligar para o sindicato quando um superior chega à agência. E o GPSA foi para lá imediatamente”, informa o sindicalista.
Dias antes do assalto na agência Miguel de Frias, uma unidade do Itaú no bairro de Barro Vermelho,
Fonte: Feeb RJ/ES
