A presidenta Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (20) que o Brasil tem que buscar um patamar de juros semelhante aos que vigoram internacionalmente e que fica difícil o país justificar spreads bancários (diferença entre os juros pagos na captação de recursos e os juros cobrados nas operações de empréstimo) tão elevados.
Na avaliação da presidenta, o processo de amadurecimento do país vai permitir que os juros caminhem para patamares “mais condizentes com nossa realidade”. “Estamos caminhando para taxas maiores de crescimento, então, os juros também vão refletir cada vez mais essa realidade de maturação. Eu já disse que não entendo os fundamentos técnicos de certo nível de spread”, disse a jornalistas, depois de participar de cerimônia no Palácio Itamaraty.
Ao ser perguntada se a redução de juros promovida por bancos públicos e privados, nos últimos dias, foi suficiente, a presidenta respondeu que acredita que esse “será um processo de amadurecimento do país, que vai nos encaminhar progressivamente para termos juros mais condizentes com nossa realidade porque não somos um país qualquer. Somos um país reconhecidamente em uma situação econômica de estabilidade”.
Dilma também foi perguntada se o governo mudará a remuneração da poupança e limitou-se a dizer que essas discussões são da alçada do ministro da Fazenda e do Banco Central.