Cliente pode economizar R$ 400 por ano se trocar pacotes de tarifas por gratuitos

G1

Você sabe quanto paga pelas tarifas bancárias? Sabe quanto vale um saque no caixa eletrônico? Às vezes, a chegada do extrato do banco é uma surpresa desagradável.

Confira aqui lista elaborada pelo Idec que compara tarifas para operações bancárias

* Clique aqui para acessar o vídeo da matéria no site do G1.

Há uma série de tarifas que são autorizadas pelo Banco Central. Mas algumas, os bancos cobram contando com a distração do correntista. Quem fica de olho, quem negocia com o gerente pode economizar muito: até R$ 400 por ano.

O vendedor Felipe Godoy e a promotora de vendas Sílvia Duarte são amigos e já enfrentaram um problema semelhante: as altas tarifas cobradas pelos bancos.

“São tantas tarifas que eu acabei cancelando a conta, não quis mais. Cancelei cartão, cancelei o cheque. Fechei minha conta e fiquei só com o outro banco”, conta Silvia.

“Eu não mexo muito na minha conta. Então, fica difícil. Eu pagava coisa de R$ 28 a R$ 30 por mês, sendo que eu nem utilizo minha conta”, diz Felipe.

É preciso ficar atento, porque nem todos os serviços cobrados pelos bancos são sempre utilizados pelos clientes. Por lei, eles são obrigados a oferecer um pacote gratuito de opções.

O pacote grátis é chamado de essencial e inclui por mês: talão com dez folhas de cheques; quatro saques no caixa, dois extratos e duas transferências no próprio banco.

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) fez uma pesquisa com os principais bancos do país. Abriu várias contas e avaliou quanto o consumidor economizaria se trocasse os pacotes de serviços pelos gratuitos.

Caixa Econômica Federal
Economia de R$ 12,50

Itaú
Economia de R$ 12,50

Banrisul
Economia de R$ 13,50

Banco do Brasil
Economia de R$ 16

Santander
Economia de R$ 19

Bradesco
Economia de R$ 21

Nossa Caixa
Economia de R$ 22

Unibanco
Economia de R$ 27,50

HSBC
Economia de R$ 37

Em um ano, o custo do pacote mais caro sairia por R$ 444.

“A melhor hipótese é ter uma conta só com serviços essenciais e, portanto, gratuitos e excepcionalmente usar um serviço que está excluído desse pacote essencial e pagar, aí sim, por esse serviço prestado esporadicamente”, aponta Marcos Diegues, assessor jurídico do IDEC.

Na maioria das vezes os clientes se confundem. Algumas dúvidas são frequentes:

Sheila de Freitas Amaral, auxiliar de produção – É correto cobrar a renovação de cadastro?
Marcos Diegues, assessor jurídico do IDEC – Recentemente, o Banco Central proibiu essa cobrança depois inclusive de alguns estudos e reclamações de consumidores. Essa cobrança passou a ser ilegal. E, portanto, se algum consumidor se ver nessa situação hoje, deve solicitar a evolução do valor que lhe foi cobrado

Anderson Ferreira, auxiliar de escritório – O banco pode cobrar por emissão de talão de cheque?
Marcos Diegues, assessor jurídico do IDEC – Até 10 folhas de cheques por mês o banco não pode cobrar qualquer tarifa, porque esse fornecimento foi considerado um serviço essencial.

Leonardo Rossi, estudante – Eu tenho que pagar pelo cartão de débito?
Marcos Diegues, assessor jurídico do IDEC – Também não. É outro fornecimento considerado um serviço essencial e, portanto, gratuito para o consumidor.

O negócio é ficar de olho no extrato bancário para não deixar o dinheiro evaporar.

A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) informou, em nota, que a orientação para todos os bancos é para que eles sigam as normas determinadas pelo Banco Central.

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