(Rio) As obras do prédio da prefeitura de Barra Mansa (RJ) deixaram o PAB do Itaú, que funciona no local, vulnerável à ação de bandidos. No último dia 1º, o posto foi assaltado, justamente no horário de almoço, em que havia somente um vigilante na unidade. As quatro funcionárias ficaram sob a mira dos assaltantes. Os bandidos fugiram, levando o dinheiro dos caixas e pertences das bancárias e dos clientes.
Diretores do Sindicato do Sul Fluminense se dirigiram ao local assim que souberam do assalto. A situação do PAB é precária e já havia sido motivo de reclamações dos sindicalistas junto à administração do banco. Mas nada foi feito até que o posto foi assaltado.
Diante desta situação, o Sindicato do Sul Fluminense paralisou o PAB por três dias: 05, 06 e 07. No dia 08 o banco contatou os sindicalistas para negociar e enviou mais um vigilante, para substituir o que estivesse afastado do posto no horário de almoço ou no banheiro.
Terror
A Gerente Geral e a Coneg (que substitui o tesoureiro, entre outras funções) foram agredidas, sendo puxadas pelos cabelos pelos ladrões, que exigiam as chaves do cofre. A caixa conseguiu manter a calma e ofereceu o dinheiro dos guichês. A funcionária que estava no auto-atendimento percebeu o assalto e retirou seu crachá, ficando deitada no chão todo o tempo, conforme ordenou o assaltante que estava no hall eletrônico. Ela havia retornado de licença-maternidade naquele dia.
Inicialmente, o banco emitiu CAT somente para as funcionárias agredidas – a Gerente Geral e a Coneg. A primeira acabou se licenciando, em função de transtornos emocionais decorrentes do assalto. A caixa e a Coneg foram deslocadas para outras agências e substituídas. O Sindicato d Sul Fluminense pressionou e o Itaú enviou seu gerente regional de RH, Bruno Aguiar, para uma reunião. Durante o encontro, o banco cedeu e já está providenciando a emissão de CAT para as duas outras funcionárias.
Depois do assalto, a prefeitura limitou o barulho a horários fora do expediente bancário e instalou uma câmera de vigilância.
Barulho e poeira
A ação dos assaltantes foi favorecida pela obra que está sendo feita no prédio. A prefeitura informou ao banco sobre a reforma e transferiu todos os seus funcionários para outro local. O Itaú, por sua vez, insistiu em manter o posto em funcionamento, mesmo sem condições.
A entrada não está sinalizada e mal pode ser vista de fora do prédio, confundindo clientes e usuários. O barulho de marretadas e marteladas era constante. A poeira cobria tudo. Era nestas condições que os funcionários da agência trabalhavam.
Com a pequena visibilidade e o barulho, os bandidos se acharam livres para agir. Provavelmente já sabiam, também, que havia apenas mulheres trabalhando no local, além de um único vigilante, enquanto o outro estava almoçando. O PAB é a única unidade do Itaú na região que não é equipada com porta giratória. Não há câmeras de vigilância em nenhuma agência ou posto do banco
Fonte: Feeb RJ/ES