Um caixa eletrônico de um supermercado próximo ao Jardim Paulista, em Campina Grande do Sul, foi o mais recente entre os atacados no Estado do Paraná. Foi na madrugada de terça-feira (31). Os arrombadores renderam o vigilante e depois explodiram o terminal.
Segundo levantamento do Sindicato dos Vigilantes do Paraná (Sindivigilantes), este foi o o caso 124 neste ano, sendo que mais da metade – 66 – foram na Grande Curitiba. Em média, a cada três dias, um caixa eletrônico é atacado na Região Metropolitana de Curitiba desde o começo do ano.
Dos 124 casos levantados neste ano no Paraná, 103 foram de ataques aos caixas eletrônicos, com 61 explosões e 42 arrombamentos, 18 assaltos/tentativa as agências bancárias e 3 saidinhas de banco. É um ataque a caixa eletrônico a cada dois dias no Paraná.
Curitiba e Região Metropolitana lideram o ranking com 66 ataques a banco, sendo 59 ataques a caixas eletrônicos, 5 assaltos/tentativa a banco e 2 saidinhas de banco.
Os números de 2012 já ultrapassam 220% em relação ao mesmo período de 2011 onde formam registrados 56 ataques, (32 explosões/arrombamentos e 24 assaltos/ tentativa a banco).
Para o presidente da Federação dos Vigilantes do Paraná e do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, João Soares, o motivo do aumento dos ataques é devido a irresponsabilidade dos bancos que se preocupam apenas com a segurança do dinheiro, a falta de lei estadual ou municipal que defina critérios para instalação dos caixas eletrônicos e a facilidade com que os bandidos têm para adquirir os explosivos.
O alerta do Sindivigilantes vem desde o final do ano passado, quando os casos de ataques a terminais, inclusive com o uso de explosivos, começa a se intensificar. Neste ano já foi realizada uma audiência pública reunindo vigilantes, bancários, Secretaria de Segurança Pública e Exército, quando ficou determinado que haveria um esforço conjunto para combater as quadrilhas.
Também segundo o Sindivigilantes, o Ministério Público tem um inquérito civil que investiga a ausência de segurança aos consumidores na utilização de caixas eletrônicos e sugere aos bancos a formalização de um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) para garantir segurança aos usuários dos terminais em agências e nos estabelecimentos comercias.