Diversos bancos privados ainda cobram das pessoas físicas tarifas muito mais altas que os públicos, segundo dados do Banco Central. De 45 tipos de tarifas listadas no site do BC, 35 são maiores nos bancos privados e 10 nos públicos.
O pacote padronizado, por exemplo, custa em média R$ 11,72 nos bancos públicos e R$ 24,67 nos privados. Esse conjunto de serviços inclui o cadastro inicial do cliente, quatro extratos por mês referentes ao período corrente, dois extratos por mês referentes a períodos anteriores, oito saques mensais em terminais de autoatendimento e quatro transferências, também por mês, entre contas da mesma instituição financeira.
Vale notar que, entre os grandes bancos, a diferença não é tanta. Pelo pacote básico, a Caixa Econômica Federal cobra até R$ 9,50; o Itaú, R$ 9,85; o Banco do Brasil, R$ 9,90; o Santander, R$ 10; e o Bradesco, R$ 12. Entre esses, o preço mais alto é, portanto, 26% maior que o mais baixo.
A comparação fica desequilibrada quando se incluem os bancos médios. Há 26 deles que cobram acima de R$ 20 pelo mesmo pacote, e um que embolsa até R$ 245, como pode ser observado no ranking do BC.
Não se pode esquecer que há exceções, tanto de um lado quanto de outro. Há o Bancoob, que é privado, e cobra até R$ 9 pelo pacote padronizado, e o Banrisul, estatal, onde o serviço sai por R$ 14 (42% mais do que no Itaú).
Em outubro, o governo decidiu reduzir as tarifas dos bancos públicos, de modo a forçar os privados a fazer o mesmo. Várias instituições não estatais acabaram reduzindo, mas, na média, como mostram esses dados do BC, elas ainda são mais caras.
Serviços
A maior diferença, entre as tarifas comparáveis, é a de compra de moeda estrangeira por meio de cheque de viagem. Nos bancos estatais, o serviço custa em média R$ 28; nos privados, R$ 127 (353% mais).
Vale notar que o Santander, que é privado, nesse item é o mais barato entre os grandes, cobrando R$ 20. O Itaú leva R$ 30, enquanto o Bradesco e o BB embolsam R$ 40. A Caixa não tem esse serviço.