Coletivo de Sa£de da CUT-SP define programa de valoriza‡Æo do SUS

Mobilizar não apenas os trabalhadores e dirigentes sindicais, mas também movimentos sociais e populares em busca da valorização do SUS. Essa é a principal indicação tirada em reunião do Coletivo Estadual de Saúde, Trabalho e Meio Ambiente da CUT SP, realizada nesta manhã, na sede da FETEC SP.

 

O encontro, que contou com diversas entidades sindicais, dentre as quais de bancários, professores, servidores públicos, químicos e de vidreiros, teve como objetivo debater a organização de uma ampla campanha em defesa do Sistema Único de Saúde contra o processo de terceirização.

 

Durante sua exposição, o Dr. Koshiro Otani, coordenador do Núcleo de ST da Secretaria Estadual de Saúde, abordou a situação atual do SUS, bem como a dos trabalhadores da saúde e a política do Estado para o sistema.

 

De acordo com Otani, um dos grandes problemas do SUS é a falta de divulgação de sua ampla produção. “É certo que existem dificuldades no atendimento, as quais são acarretadas pela falta de recursos financeiros e da má gestão. Mas por outro lado, o SUS tem uma ampla capacidade de produção, sobre a qual não há divulgação e que carece ser difundida. Para se ter idéia, trata-se de uma rede com mais de 63 mil unidades ambulatoriais e 6 mil unidades hospitalares com mais de 440 mil leitos; 12 milhões de internações mensais; 1 bilhão de procedimentos de atenção primária à saúde; 150 milhões de consultas médicas; 2 milhões de partos; 330 milhões de exames laboratoriais; 132 milhões de atendimento de alta complexidade e 12 mil transplantes de órgãos”.

 

Para o coordenador, o SUS, com os seus 17 anos, é uma conquista irreversível da sociedade brasileira, mas que merece ser aperfeiçoada no sentido de fazer valer na prática o que está na Constituição: Saúde é um direito do cidadão e dever do Estado por meio de uma rede com princípios de universalidade, integralidade e eqüidade. “A sociedade precisa cobrar respeito à saúde como direito da cidadania. Por isso, vamos entoar juntos um único brado: ‘Queremos o SUS forte’. Então, vamos pressionar por aprovação de leis que garantam mais recursos à saúde, bem como por maior qualificação dos gestores e do controle social”, instiga Otani.

 

A necessidade de ampla mobilização como fator de fortalecimento do SUS também foi ressaltada pelo diretor do Sindsaúde, Hélcio Aparecido Marcelino. Durante sua exposição, o dirigente lembrou dos tempos em que as categorias colaboravam com as lutas dos demais trabalhadores. “O setor patronal fraciona o que pode, justamente para enfraquecer a classe trabalhadora e nós não podemos seguir nesse jogo. Devemos permanecer unidos de forma a avançar com essa luta de valorização do SUS”.

 

Para Flávio Souza Gomes, da executiva da CUT/SP, além da organização dos trabalhadores em torno do tema, é fundamental a interlocução com outros setores da sociedade. “Precisamos ter em mente sobre o papel da CUT de ser o elo multiplicador nos diversos conselhos municipais. Por isso, a importância de organizarmos debates em todas as suas subsedes”.

 

Na avaliação da diretora de Saúde da FETEC SP e integrante da coordenação do Coletivo de Saúde da CUT/SP, Crislaine Bertazzi, a reunião desta quarta-feira foi o primeiro passo para se colocar em prática a campanha, a qual já tem indicação para se transformada em Programa de Valorização do SUS Contra a Terceirização. “Este primeiro momento foi de sensibilização. O próximo passo é a realização de um seminário sobre o tema, cujo indicativo é 31 de maio. A idéia é reunir dirigentes da CUT, coordenadores de subsedes, membros dos Coletivos de Saúde e secretários de imprensa. A terceira etapa será a colocação da campanha nas ruas, com materiais de divulgação. Num quarto momento, realizaremos um grande ato com presença de representantes do governo para lançamento de uma proposta dos movimentos sociais de projeto de lei de valorização do SUS”, antecipa Bertazzi.

 

Fonte: Fetec/CUT-SP

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