Dirigentes distribuíram folhetos e conversaram com a população nos bancos
Os bancários de Bragança Paulista, no interior de São Paulo, atrasaram a abertura da agência do Santander da Praça Raul Leme, nesta terça-feira (29), como parte das mobilizações do Dia Nacional de Luta da categoria, que ocorre em todo o País. Os dirigentes do Sindicato de Bragança Paulista convocaram a população a exigir melhor atendimento nas agências e mais contratações de funcionários.
A mobilização é resposta à proposta frustrante e desrespeitosa da Fenaban, no último dia 25. Os banqueiros ofereceram reajuste de 5,5% muito abaixo da inflação, que ficou em 9,88%. Em Bragança e região, a deliberação sobre a paralisação acontece em assembleia no dia 1º de outubro.
“Não dá para aceitar que os bancos, com lucro nas alturas, ofereçam apenas 5,5% de reajuste”, afirma Rodrigo Franco Leite, diretor do Sindicato.
“Exigimos que os banqueiros tenham mais respeito pelo cliente, oferecendo bom atendimento e não expulsando das agências ou obrigando que o atendimento seja feito no caixa eletrônico. Exigimos também que reconheça do trabalho de brasileiros que conquistaram esse lucro astronômico para os bancos”, disse Marcílio Barros, secretário-geral do Sindicato e funcionário do Santander.
A presidenta do Sindicato, Isabel Rosa dos Santos Machado, convocou a população para a luta, exigindo atendimento pessoal nos caixas, uma vez que os bancos pagam 100% da folha de pagamento com as tarifas cobradas por serviços.
“Quando penso em Santander, penso em assédio moral, ganância. Digo isso porque os funcionários são pressionados constantemente para cumprir metas inatingíveis. Os bancos pagam toda sua folha de pagamento com as tarifas cobradas dos clientes. Só que o cliente paga a tarifa, mas não pode ser atendido na agência, tem que fazer tudo sozinho no caixa eletrônico, trabalhando de graça para o banqueiro. Por sua vez, o banqueiro demite cada vez mais. Por isso, cliente: exija atendimento pessoal”, concluiu Isabel.
