A Pesquisa de Emprego e Desemprego realizada pelo DIEESE e Fundação Seade com o apoio do Ministério do Trabalho e Emprego e parceria com instituições e governos regionais registrou, em março, alta na taxa de desemprego das seis regiões metropolitanas investigadas, o que representa resultado esperado para o período. A taxa passou de 14,5%, em fevereiro, para 15,0%, em março. Em comparação com março de 2007 – quando a taxa equivalia a 16,6% – houve recuo de 9,6%.
O número de desempregados foi estimado em 2,969 milhões de pessoas nas seis áreas pesquisadas (regiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre e no Distrito Federal), o que significou um aumento de 116 mil pessoas no contingente de desempregados. Este crescimento resultou de uma entrada de 81 mil pessoas na força de trabalho, aliada à redução de 33 mil postos. Assim, a População Economicamente Ativa do conjunto de regiões chegou a 19.791 milhões pessoas e o total de ocupados somou 16,823 milhões. Na comparação com março do ano passado, a PEA teve aumento de 707 mil pessoas, enquanto o número de ocupados cresceu em 910 mil pessoas. Como resultado, em março último o total de desempregados reduziu-se em 202 mil.
A redução de 33 mil postos de trabalho resultou do fechamento de vagas no Comércio (20 mil) e nos Serviços (62 mil), e crescimento na Indústria (60 mil). Em 12 meses, porém, houve desempenho positivo em todos os setores mais importantes, que chegou a 14,0%, na Construção Civil e 9,5%, na Indústria.
Quando se considera a posição na ocupação, os dados da PED mostram que houve, em março, fechamento de postos nos segmentos menos formais do mercado de trabalho: assalariamento sem carteira assinada (-21 mil empregos), autônomos (-60 mil) e emprego doméstico (- 31mil) e no setor público (-21 mil). O emprego assalariado com carteira cresceu, com a abertura de 101 mil postos. Em relação a fevereiro de 2007, o destaque também foi o assalariamento com vínculo formal no setor privado (631 mil vagas, ou crescimento de 9,2%).
Com relação aos rendimentos, de janeiro para fevereiro houve crescimento na média das regiões acompanhadas, de 0,6%, com seu valor situando-se em R$ 1.097. Em relação a fevereiro do ano passado, houve crescimento de 1,0%. Quanto ao salário médio, o incremento foi de 0,7%, o que fez com que seu valor correspondesse a R$ 1.169.
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Comportamento das regiões
Dentre as seis regiões acompanhadas pela PED, a taxa de desemprego cresceu, em março, na Grande São Paulo (passou de 13,6% para 14,3%), Recife (variou de 18,9% para 19,8%) Poro Alegre (de 11,3% para 11,7%) e no Distrito Federal (de 17,6% para 18,2%). Houve relativa estabilidade em Salvador (de 20,9% para 21,0%) e manteve-se em 11,4%, em Belo Horizonte.
O nível de ocupação reduziu-se em Recife (1,3%), Salvador (0,7%) e no Distrito Federal (0,5%) e permaneceu relativamente estável em Porto Alegre (- 0,2%) e São Paulo (- 0,1%). Em Belo Horizonte o nível de ocupação variou positivamente (0,4%). Em 12 meses, houve crescimento em todas as regiões, ainda que com intensidade variável: 7,6%, no Distrito Federal; 7,2%, em Porto Alegre; 5,8%, em Belo Horizonte; 5,5%, em Salvador; 5,4%, em São Paulo e 4,3%, em Recife.
O comportamento do rendimento médio real dos ocupados foi diferenciado entre as regiões: aumentou em Recife (4,7%, passando a valer R$ 707), no Distrito Federal (0,9%, R$ 1.639) e em São Paulo (0,9%, R$ 1.153); houve relativa estabilidade em Belo Horizonte (-0,2%, R$ 1.033) e diminuiu em Salvador (0,7%, R$ 891) e Porto Alegre (2,4%, R$ 1.025) . Também em 12 meses os rendimentos apresentaram comportamentos diferentes, com crescimento de 9,3%, no Distrito Federal; 7,8%, em Salvador; 4,9%, em Recife e 1,7%, em Belo Horizonte. Houve relativa estabilidade em Porto Alegre (0,2%) e diminuiu em São Paulo (1,6%).
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